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Lima Vaz: entre a negação da metafísica e a anacronia da razão absoluta pela epistemologia da modernidade
A perda da capacidade de compreensão do tempo presente, marcada pela instrumentalização da razão, abandonando a dimensão metafísica, atinge a própria condição existencial humana, gerando uma anacronia. Diante disso, faz-se necessário apresentar e compreender as causas que levaram a essa condição, a partir da construção de uma fenomenologia da modernidade, através da leitura de Henrique Cláudio de Lima Vaz. A partir daí, será possível estabelecer um caminho que consiga explicar o contexto da sociedade atual, sua complexidade e a geração de seu enigma: a inexistência de um ethos. Inexistindo o ethos como referência fundante do ethos-hexis, a praxis perde seus referenciais, sendo orientada não pelo finalismo do logos – absoluto da razão –, mas pelas necessidades meramente objetificadas, marcadas pelo relativismo dos valores e por práticas egoístas. De maneira direta, essa alteração na realidade tempo-histórico-social-ética fará com que o humano acabe por perder sua liberdade e, consequentemente, sua identidade.