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Decolonizando os acervos das bibliotecas públicas: formação de coleções de literatura afro-brasileira
As bibliotecas públicas são espaços sociais e políticos destinados ao atendimento de todos da comunidade, assim elas ancoram-se no discurso inclusivo e democrático do acesso à informação, serviços e produtos. Contudo, há ainda um caminho a ser percorrido em direção a diversidade e a multiculturalidade em seus espaços, a começar pelos acervos. Discutiremos neste texto, a partir da literatura da área da Biblioteconomia e Ciência da Informação, a relação entre as bibliotecas públicas e a formação e o desenvolvimento de coleções, tendo como foco a literatura afro-brasileira. Consideramos o papel social das bibliotecas públicas e de seus profissionais, os bibliotecários, como agentes de mudanças, ressaltando a importância de ambos, com vistas à construção de uma sociedade justa e democrática. Compreendemos que esses profissionais devem conscientizar-se da relevância de formar e desenvolver acervos que propiciem o acesso à leitura de livros de autoras e autores de literatura afro-brasileira, visando tanto o fortalecimento das identidades dos sujeitos quanto do pensamento afrocentrado nas comunidades. Em suma, bibliotecas mais democráticas requerem práticas de decolonização dos acervos por meio de ações e políticas de reparação das coleções.