Paulo Cavalcante Apratto Júnior, Leila Chevitarese, Ana Maria Costa, Sabrina Chevitarese, Márcia Silveira Ney, Leandro Andrade Da Silva
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O avanço das tecnologias médicas tem prolongado e, possibilitado melhorias para a qualidade de vida da população, mesmo diante de casos de doenças graves, sem possibilidade terapêutica, incapacitantes e progressivas. A formação adequada de profissionais médicos com os recursos da paliação tem exigido que escolas médicas atendam às necessidades de saúde dos pacientes e de seus familiares. Estudantes de medicina devem ter acesso à comunicação compassiva e efetiva com pacientes, gerenciamento de dor e outros sintomas, princípios e boas práticas de cuidados paliativos. O conhecimento dos critérios para indicação de cuidados paliativos precoces e o manejo dos cuidados de fim de vida incluindo, além do controle de sintomas de sofrimento físico, a abordagem de aspectos psicossociais, espirituais e culturais dos pacientes e a identificação de riscos potenciais de luto são primordiais para a prática. Diante disso, a necessidade da inserção do ensino em CP na graduação tornou-se evidente, culminando nas publicações de Resoluções para abranger as prerrogativas previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o Curso de medicina. Essa discussão torna-se fundamental diante do cenário que atravessamos com a expansão de escolas médicas no país. 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O ENSINO DE CUIDADOS PALIATIVOS NA GRADUAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA: UM OLHAR MULTICÊNTRICO
Cuidados Paliativos (CP) consiste em uma modalidade multiprofissional onde pacientes fora de possibilidade de cura e sua família, recebem cuidados totais, ativos e integrais amparados pelo direito do paciente de morrer com dignidade. Apesar de ser uma modalidade assistencial crescente no mundo, ainda é pouco abordada na formação médica brasileira. Os objetivos do presente trabalho são discutir a importância da incorporação do tema na formação médica sob a luz da legislação vigente, a visão e o cuidado ofertado pelos CP e apresentar como sugestão uma disciplina sobre cuidados paliativos para a matriz curricular do curso de medicina. O avanço das tecnologias médicas tem prolongado e, possibilitado melhorias para a qualidade de vida da população, mesmo diante de casos de doenças graves, sem possibilidade terapêutica, incapacitantes e progressivas. A formação adequada de profissionais médicos com os recursos da paliação tem exigido que escolas médicas atendam às necessidades de saúde dos pacientes e de seus familiares. Estudantes de medicina devem ter acesso à comunicação compassiva e efetiva com pacientes, gerenciamento de dor e outros sintomas, princípios e boas práticas de cuidados paliativos. O conhecimento dos critérios para indicação de cuidados paliativos precoces e o manejo dos cuidados de fim de vida incluindo, além do controle de sintomas de sofrimento físico, a abordagem de aspectos psicossociais, espirituais e culturais dos pacientes e a identificação de riscos potenciais de luto são primordiais para a prática. Diante disso, a necessidade da inserção do ensino em CP na graduação tornou-se evidente, culminando nas publicações de Resoluções para abranger as prerrogativas previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o Curso de medicina. Essa discussão torna-se fundamental diante do cenário que atravessamos com a expansão de escolas médicas no país. Discute-se que uma proposta multicêntrica de disciplina transversal sobre cuidados paliativos inserida na matriz curricular do curso de medicina como um modelo factível para a sua abordagem.