Maria Thereza Gomes de Figueiredo Soares, José Ribamar Ferreira Júnior, Márcia Manir Miguel Feitosa
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Considerando a cidade de São Luís como arrimo entre as duas obras, utiliza-se como base teórica o conceito de memória dos autores Michael Pollak e Maurice Halbwachs, com vistas à observação de tais relações. A metodologia empregada é o estudo do caso e o procedimento de análise de dados parte do entendimento desses conceitos de memória, em diálogo com um ponto de vista semiótico na configuração de Charles Sanders Peirce, no intuito de uma leitura da composição imagética enquanto linguagem visual. Como resultado há afastamentos e aproximações entre os dois suportes artísticos (a palavra escrita e a imagem fotográfica), razão pela qual a fotografia pode ser atravessada, por intermédio do olhar fotográfico. Considera-se, portanto, que a imagem propõe ao espectador um jogo de recepção e de tradução, sendo esse um processo no qual são acionados o código verbal (texto de partida) para envolvê-lo no processo tradutório e apontar para o visual (texto de chegada), caminho aberto às subjetividades.Palavras-chave: Poema sujo; fotografia; memória; São Luís.","PeriodicalId":31707,"journal":{"name":"Caderno de Letras","volume":"22 85 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-09-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A IMAGEM LATENTE DE SÃO LUÍS: DIÁLOGOS POSSÍVEIS ENTRE A FOTOGRAFIA E A POESIA À LUZ DA MEMÓRIA DA CIDADE\",\"authors\":\"Maria Thereza Gomes de Figueiredo Soares, José Ribamar Ferreira Júnior, Márcia Manir Miguel Feitosa\",\"doi\":\"10.15210/cdl.v0i37.18788\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"São Luís, palco de significativa produção literária, sobretudo no século XIX, é a cidade natal de Maria Firmina dos Reis, Arthur Azevedo, Aluísio Azevedo, Graça Aranha, Odylo Costa, filho, dentre outros, sendo também o local de nascimento daquele que se destacou na poesia moderna: Ferreira Gullar. 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摘要
sao luis,一个重要的文学作品的舞台,特别是在19世纪,是Maria Firmina dos Reis, Arthur Azevedo, aluisio Azevedo, graca Aranha, Odylo Costa, filho等人的家乡,也是现代诗歌杰出人物Ferreira Gullar的出生地。古拉利亚最具代表性的作品是《肮脏的诗》,它以诗歌的形式翻译了他在流放中的抒情自我。本文旨在建立摄影与文学之间可能的关系,以记忆的关系为分析轴,以maranhao艺术家marcio Vasconcelos的三组照片为分析轴,这些照片的灵感来自古拉尔的诗歌。将sao luis城市作为两部作品之间的支柱,将作者Michael Pollak和Maurice Halbwachs的记忆概念作为理论基础,以观察这些关系。所采用的方法是案例研究和数据分析程序,从对这些记忆概念的理解开始,在查尔斯·桑德斯·皮尔斯的配置中与符号学的观点对话,以便将图像构成作为视觉语言进行阅读。因此,在这两种艺术媒介(文字和摄影图像)之间存在着差距和接近,这就是为什么摄影可以通过摄影的凝视来交叉。因此,我们认为图像向观众提出了一个接受和翻译的游戏,在这个过程中,语言代码(源文本)被触发,使他参与到翻译过程中,并指向视觉(目标文本),这是一条通往主观性的道路。关键词:肮脏的诗;照片;记忆;圣路易斯。
A IMAGEM LATENTE DE SÃO LUÍS: DIÁLOGOS POSSÍVEIS ENTRE A FOTOGRAFIA E A POESIA À LUZ DA MEMÓRIA DA CIDADE
São Luís, palco de significativa produção literária, sobretudo no século XIX, é a cidade natal de Maria Firmina dos Reis, Arthur Azevedo, Aluísio Azevedo, Graça Aranha, Odylo Costa, filho, dentre outros, sendo também o local de nascimento daquele que se destacou na poesia moderna: Ferreira Gullar. A obra gullariana mais emblemática é Poema Sujo, em que traduz, em versos, seu eu-lírico no exílio. Este artigo propõe estabelecer possíveis relações entre a fotografia e a literatura, tendo como eixo de análise a relação da memória com três conjuntos de fotografias da série Visões de um poema sujo, de autoria do artista maranhense Márcio Vasconcelos, inspirada na poesia de Gullar. Considerando a cidade de São Luís como arrimo entre as duas obras, utiliza-se como base teórica o conceito de memória dos autores Michael Pollak e Maurice Halbwachs, com vistas à observação de tais relações. A metodologia empregada é o estudo do caso e o procedimento de análise de dados parte do entendimento desses conceitos de memória, em diálogo com um ponto de vista semiótico na configuração de Charles Sanders Peirce, no intuito de uma leitura da composição imagética enquanto linguagem visual. Como resultado há afastamentos e aproximações entre os dois suportes artísticos (a palavra escrita e a imagem fotográfica), razão pela qual a fotografia pode ser atravessada, por intermédio do olhar fotográfico. Considera-se, portanto, que a imagem propõe ao espectador um jogo de recepção e de tradução, sendo esse um processo no qual são acionados o código verbal (texto de partida) para envolvê-lo no processo tradutório e apontar para o visual (texto de chegada), caminho aberto às subjetividades.Palavras-chave: Poema sujo; fotografia; memória; São Luís.