paraisopolis、流行病和(m)非殖民化视野:作为"制造城市"的载体和实现被认为"无家可归者"健康权的工具的潜力

IF 0.1 Q4 URBAN STUDIES
J. Santana, R. M. Z. Borges
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摘要

在危机和科学否定主义时期,如COVID-19大流行期间,揭示了被认为是“无家可归者”的社区权力动态,旨在实现城市和健康等权利。在这种情况下,贫民窟可以通过颠覆性行为来实现这一点,当前的秩序抛弃了那些生活在危险城市主义中的人。从这个意义上说,本研究旨在分析paraisopolis (SP)为克服国家对流行病的无助和结构性歧视而进行的危机管理。我们使用了杜塞的范畴和非殖民化的方法论标准,基于定性的文献和文献综述,专注于从拉丁美洲的角度研究现实,脱离了以欧洲为中心的认识论参数。文本的组织是为了:(i)展示潜力及其与“造城”政治权力的交织,作为一种超越简单住房准入的权利;处理受害者群体,通过社会实践验证其与非殖民化的一致性;e (iii)最后考虑。结论是paraisopolis是一个超越拜物教和/或制度化权力的认知不服从和政治权力行使的例子,表明自己有能力打破西方现代性的非人化遗产,巩固“制造城市”。人们还认识到,重新组织社会关系和将“无家可归者”转移到一个不仅非殖民化(从一般意义上说),而且最重要的是非殖民化的世界的潜力是必不可少的。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Paraisópolis, pandemia e(m) horizontes decoloniais: a potentia como vetor do “fazer-cidade” e instrumento de realização do direito à saúde dos considerados “sem-lugar”
Em tempos de crise e negacionismo científico, como durante a pandemia de COVID-19, descortinam-se dinâmicas do poder comunitário dos considerados “sem-lugar” direcionadas à concretização de direitos, como à cidade e à saúde. A favela pode, neste cenário, materializá-lo através de comportamento disruptivo com a ordem vigente, que abandona quem (sobre)vive em urbanismo de risco. Neste sentido, esta pesquisa objetiva analisar a gestão de crise empreendida por Paraisópolis (SP) para superar o desamparo estatal frente à pandemia e as discriminações estruturais por ela acentuadas. Utilizou-se de categorias dusselianas e critério metodológico decolonial, baseado em revisão bibliográfica e documental de cunho qualitativo, voltado ao estudo da realidade desde um olhar latino-americano e descolado de parâmetros epistemológicos euro(nor)centrados. O texto foi organizado para: (i) apresentar a potentia e seu entrelaçamento ao poder político do “fazer-cidade” como um direito que transborda o simples acesso à moradia; (ii) tratar da comunidade de vítimas, verificando seu alinhamento à descolonização pela práxis social; e (iii) tecer considerações finais. Concluiu-se que Paraisópolis é exemplo de desobediência epistêmica e exercício do poder político para além do poder fetichizado e/ou institucionalizado, mostrando-se capaz de romper com o legado de desumanização da modernidade ocidental e consolidando o “fazer-cidade”. Percebeu-se, ainda, a imprescindibilidade da potentia para reorganizar as relações sociais e transportar os “sem-lugar” para um mundo que seja não só descolonizado – desde sua acepção genérica – mas, sobretudo, decolonial.
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