Revistas e editoras predadoras no campo da saúde

Objetivo: Analisar o impacto das revistas e editoras predadoras no conhecimento em saúde, identificando características e o conhecimento adquirido. Método: Procedeu-se a uma revisão da literatura da área da saúde indexada na ProQuest, PubMed, Scopus, SciELO e Web of Science ao longo de 2020 e 2021. O levantamento de dados foi confirmado em março de 2022. A análise permitiu a caracterização do fenómeno e dos impactos no campo da saúde, pelo que se redigiu um conjunto de recomendações orientadoras para os investigadores. Resultados: Crescente apreensão evidenciada com revistas e editoras predadoras ao longo dos últimos anos, em especial a partir de 2015 e confirmada desde 2017. Os números de 2021 e 2022 acompanham esta escalada. A Web of Science, a Scopus e a PubMed são as bases de dados que evidenciam uma notória preocupação com as ciências da saúde. Discussão/Conclusões: A pressão para publicar e a dificuldade em discernir a revista legítima da ilegítima fomentam um ambiente favorável à proliferação de publicações questionáveis. Os investigadores devem, numa postura exigente e informada, no interesse da confiabilidade da ciência, evitar a investigação pouco ética, com dados falsos, plagiados ou manipulados, que prejudicam a qualidade dos resultados e das conclusões, influenciando a evidência científica, a prática clínica e, em última análise, os doentes.