Ícaro Natan da Silva Moraes, Giovanna Sayuri Xavier Moraes De Oliveira, Izadora Martins Coelho, Leonardo Wanzeller Magalhães, Lohrane Costa Campos Gomes
{"title":"在巴西COVID-19大流行期间,羟氯喹的商业化","authors":"Ícaro Natan da Silva Moraes, Giovanna Sayuri Xavier Moraes De Oliveira, Izadora Martins Coelho, Leonardo Wanzeller Magalhães, Lohrane Costa Campos Gomes","doi":"10.51161/conbracif/15","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O Brasil se tornou um dos países mais afetados pela pandemia da COVID-19, causando mais de 600 mil óbitos. O frenesi causado pela COVID-19 levou a população a procurar medicamentos candidatos que prometiam a prevenção e a cura da doença. A Hidroxicloroquina (HCQ) foi um dos fármacos mais amplamente procurados nesse período. No entanto, a eficácia e segurança da HCQ no tratamento e prevenção da COVID-19 é contestada, e não existem dados científicos contundentes que justifiquem a sua utilização no tratamento da doença. A HCQ é utilizada principalmente para o tratamento de doenças, como artrite, lúpus eritematoso cutâneo, diabetes mellitus tipo 2, assim como para profilaxia e tratamento da malária. O uso inadequado desse medicamento pode gerar inúmeras reações adversas severas, tais como disfunções cardíacas e oculares. E seu uso na COVID-19 foi associado a maiores taxas de eventos adversos. Objetivo: Avaliar a prevalência da comercialização de HCQ no ano pandêmico de 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e método: O presente estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização de HCQ nas regiões geográficas brasileiras foram coletados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), o qual é integrante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resultados: A HCQ totalizou em 2020, no Brasil, 962.178 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve a maior comercialização (424774), seguida do Sul (229850), Nordeste (151516), Centro-Oeste (115324) e Norte (40714). Conclusão: Evidenciou-se o potencial aumento do consumo de HCQ no Brasil durante a pandemia da COVID-19 no ano de 2020, revelando a necessidade de políticas públicas que propiciem o uso racional desse medicamento e alertem sobre os riscos de seu uso indevido na COVID-19.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"COMERCIALIZAÇÃO DE HIDROXICLOROQUINA NA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL\",\"authors\":\"Ícaro Natan da Silva Moraes, Giovanna Sayuri Xavier Moraes De Oliveira, Izadora Martins Coelho, Leonardo Wanzeller Magalhães, Lohrane Costa Campos Gomes\",\"doi\":\"10.51161/conbracif/15\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O Brasil se tornou um dos países mais afetados pela pandemia da COVID-19, causando mais de 600 mil óbitos. O frenesi causado pela COVID-19 levou a população a procurar medicamentos candidatos que prometiam a prevenção e a cura da doença. A Hidroxicloroquina (HCQ) foi um dos fármacos mais amplamente procurados nesse período. No entanto, a eficácia e segurança da HCQ no tratamento e prevenção da COVID-19 é contestada, e não existem dados científicos contundentes que justifiquem a sua utilização no tratamento da doença. A HCQ é utilizada principalmente para o tratamento de doenças, como artrite, lúpus eritematoso cutâneo, diabetes mellitus tipo 2, assim como para profilaxia e tratamento da malária. O uso inadequado desse medicamento pode gerar inúmeras reações adversas severas, tais como disfunções cardíacas e oculares. E seu uso na COVID-19 foi associado a maiores taxas de eventos adversos. Objetivo: Avaliar a prevalência da comercialização de HCQ no ano pandêmico de 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e método: O presente estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização de HCQ nas regiões geográficas brasileiras foram coletados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), o qual é integrante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resultados: A HCQ totalizou em 2020, no Brasil, 962.178 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve a maior comercialização (424774), seguida do Sul (229850), Nordeste (151516), Centro-Oeste (115324) e Norte (40714). Conclusão: Evidenciou-se o potencial aumento do consumo de HCQ no Brasil durante a pandemia da COVID-19 no ano de 2020, revelando a necessidade de políticas públicas que propiciem o uso racional desse medicamento e alertem sobre os riscos de seu uso indevido na COVID-19.\",\"PeriodicalId\":7753,\"journal\":{\"name\":\"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-04-05\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/conbracif/15\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbracif/15","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
COMERCIALIZAÇÃO DE HIDROXICLOROQUINA NA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL
Introdução: O Brasil se tornou um dos países mais afetados pela pandemia da COVID-19, causando mais de 600 mil óbitos. O frenesi causado pela COVID-19 levou a população a procurar medicamentos candidatos que prometiam a prevenção e a cura da doença. A Hidroxicloroquina (HCQ) foi um dos fármacos mais amplamente procurados nesse período. No entanto, a eficácia e segurança da HCQ no tratamento e prevenção da COVID-19 é contestada, e não existem dados científicos contundentes que justifiquem a sua utilização no tratamento da doença. A HCQ é utilizada principalmente para o tratamento de doenças, como artrite, lúpus eritematoso cutâneo, diabetes mellitus tipo 2, assim como para profilaxia e tratamento da malária. O uso inadequado desse medicamento pode gerar inúmeras reações adversas severas, tais como disfunções cardíacas e oculares. E seu uso na COVID-19 foi associado a maiores taxas de eventos adversos. Objetivo: Avaliar a prevalência da comercialização de HCQ no ano pandêmico de 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e método: O presente estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização de HCQ nas regiões geográficas brasileiras foram coletados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), o qual é integrante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resultados: A HCQ totalizou em 2020, no Brasil, 962.178 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve a maior comercialização (424774), seguida do Sul (229850), Nordeste (151516), Centro-Oeste (115324) e Norte (40714). Conclusão: Evidenciou-se o potencial aumento do consumo de HCQ no Brasil durante a pandemia da COVID-19 no ano de 2020, revelando a necessidade de políticas públicas que propiciem o uso racional desse medicamento e alertem sobre os riscos de seu uso indevido na COVID-19.