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O haicai japonês é uma forma poética que tem como temática principal a experiência com as coisas. O apontar das coisas no haicai está relacionado ao contexto zen em que teve origem, sendo uma representação da experiência de satori, iluminação súbita. Roland Barthes sistematiza no haicai três importantes operações semióticas: isso foi, é isso! e o apenas isso. Cada uma dessas operações apontam as coisas, sendo a primeira uma operação de autoridade, a segunda de insight e a terceira de naturalidade. Este artigo, parte dessas reflexões em torno do haicai em busca de termos que permitam abordar poemas que expressam experiência religiosa que se dão no contato com as coisas, no que proponho chamar de mística literária das coisas. Uma expressão que pretende reunir impulsos religiosos dentro da literatura que tenham semelhanças eletivas com aquilo que é expresso no haicai e que tenha autoridade, insight e que busque naturalidade nas coisas.