{"title":"复制、粘贴、重复:marilia GARCIA的诗歌置换及其对数字文化时代阅读的影响","authors":"Mariana Cobuci Schmidt Bastos","doi":"10.48075/RT.V16I38.24206","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto reflete sobre os procedimentos utilizados pela poeta Marília Garcia em seus livros um teste de resistores e Câmera lenta (publicados em 2014 e 2017, respectivamente) a fim de promover o que podemos chamar de uma poética do deslocamento. A partir de uma série de trechos de poemas de Marília, mostra-se como a poeta se vale de procedimentos como os de copiar, colar (citar) e repetir. Trata-se de procedimentos comuns à cultura digital, mas que na poesia de Marília operam de outro modo, mais devagar e atento. Dessa exposição e discussão, depreende-se que a proposição de outro ritmo, somada à reflexão sobre a linguagem que existe nessa poesia, sugere outros modos de lidar com a rapidez da época em que vivemos, além de incentivar um novo modo de ler dentro da cultura digital, um modo mais pessoal, curioso e ativo.ReferênciasBARTHES, Rolland. Aula inaugural da cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França. São Paulo: Editora Cultrix, 2004._______. O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988.CÁTROPA, Andréa. Para onde nos levam as hélices do poema? Estudo de literatura brasileira contemporânea, n. 55, 2018.FRIAS, Joana Matos; SILVA, Sofia de Sousa. Apresentação. Revista eLyra, n. 7, 2016.GARCIA, Marília. Câmera lenta. São Paulo: Companhia das Letras, 2017._______. um teste de resistores. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014.GARRAMUÑO, Florencia. Frutos Estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Rio de Janeiro: Rocco, 2014. KRAUSS, Rosalind. “Sculpture in the expanded field”. In: October, n. 8, 1979. LOPES, Silvina Rodrigues. A anomalia poética. Belo Horizonte: Chão da feira, 2019.MICHAUX, Henri. A verdadeira poesia faz-se contra a poesia. Cadernos de leituras (Chão da feira), n. 12, 2011.PEREC, Georges. L’infra-ordinaire. Paris: Le Seuil, 2015.RIAUDEL, Michel. “O autor invisível: tradução e criação na obra de Ana Cristina Cesar”. In: Sereia de papel: visões de Ana Cristina Cesar. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015.ROUXEL, Annie. Práticas de leitura: quais rumos para favorecer à expressão do sujeito leitor? Cadernos de Pesquisa, v. 42, n. 145, 2012.SANTIAGO, Silviano. “Singular e anônimo”. In: Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 452.SÜSSEKIND, Flora. Até segunda ordem não me risque nada: os cadernos, rascunhos e a poesia-em-vozes de Ana Cristina Cesar. 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Até segunda ordem não me risque nada: os cadernos, rascunhos e a poesia-em-vozes de Ana Cristina Cesar. 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COPIAR, COLAR, REPETIR: A POESIA EM DESLOCAMENTO DE MARÍLIA GARCIA E SEUS EFEITOS SOBRE A LEITURA NA ERA DA CULTURA DIGITAL
Este texto reflete sobre os procedimentos utilizados pela poeta Marília Garcia em seus livros um teste de resistores e Câmera lenta (publicados em 2014 e 2017, respectivamente) a fim de promover o que podemos chamar de uma poética do deslocamento. A partir de uma série de trechos de poemas de Marília, mostra-se como a poeta se vale de procedimentos como os de copiar, colar (citar) e repetir. Trata-se de procedimentos comuns à cultura digital, mas que na poesia de Marília operam de outro modo, mais devagar e atento. Dessa exposição e discussão, depreende-se que a proposição de outro ritmo, somada à reflexão sobre a linguagem que existe nessa poesia, sugere outros modos de lidar com a rapidez da época em que vivemos, além de incentivar um novo modo de ler dentro da cultura digital, um modo mais pessoal, curioso e ativo.ReferênciasBARTHES, Rolland. Aula inaugural da cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França. São Paulo: Editora Cultrix, 2004._______. O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988.CÁTROPA, Andréa. Para onde nos levam as hélices do poema? Estudo de literatura brasileira contemporânea, n. 55, 2018.FRIAS, Joana Matos; SILVA, Sofia de Sousa. Apresentação. Revista eLyra, n. 7, 2016.GARCIA, Marília. Câmera lenta. São Paulo: Companhia das Letras, 2017._______. um teste de resistores. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014.GARRAMUÑO, Florencia. Frutos Estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Rio de Janeiro: Rocco, 2014. KRAUSS, Rosalind. “Sculpture in the expanded field”. In: October, n. 8, 1979. LOPES, Silvina Rodrigues. A anomalia poética. Belo Horizonte: Chão da feira, 2019.MICHAUX, Henri. A verdadeira poesia faz-se contra a poesia. Cadernos de leituras (Chão da feira), n. 12, 2011.PEREC, Georges. L’infra-ordinaire. Paris: Le Seuil, 2015.RIAUDEL, Michel. “O autor invisível: tradução e criação na obra de Ana Cristina Cesar”. In: Sereia de papel: visões de Ana Cristina Cesar. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015.ROUXEL, Annie. Práticas de leitura: quais rumos para favorecer à expressão do sujeito leitor? Cadernos de Pesquisa, v. 42, n. 145, 2012.SANTIAGO, Silviano. “Singular e anônimo”. In: Poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 452.SÜSSEKIND, Flora. Até segunda ordem não me risque nada: os cadernos, rascunhos e a poesia-em-vozes de Ana Cristina Cesar. Rio de Janeiro: 7Letras, 1995.Recebido em 05-03-2020 | Aceito em 03-06-2020