Avaliação das propriedades químicas do solo proveniente de efluente doméstico tratado no Semiárido Potiguar

A utilização de águas residuárias na produção agrícola é uma alternativa sustentável para a realidade da região Semiárida do Brasil. O experimento foi desenvolvido com o objetivo de avaliar quimicamente o solo após o uso de efluente doméstico tratado em área de capim irrigado por meio de sulcos. O experimento foi desenvolvido no Projeto de Assentamento Milagre, em Apodi, RN. Escolheu-se uma área de mata nativa, como área de referência (AR), ausente do lançamento de efluente; e uma área cultivada com capim elefante, irrigada com efluente doméstico tratado. As amostragens para avaliação do solo ocorreram durante o período seco e após o período chuvoso. Para cada período, foram coletadas 24 amostras no camalhão de cultivo e 55 nos sulcos de irrigação (SUL). As amostras foram coletadas nas duas áreas, nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm e de 0-10 cm, 10-20 cm, 20-40 cm, 40-60 cm e 60-80, servindo para preparação de amostras compostas. Na área nativa (NAT) adotou-se o procedimento para avaliar os parâmetros físico-químicos, metais pesados (Mn, Fe, Zn, Cu, Ni e Pb) e matéria orgânica como indicadores de qualidade do solo. Realizou-se uma coleta aleatória, totalizando 20 amostras simples nas profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm, 20-40 cm, 40-60 cm e 60-80 cm. Constatou-se que as concentrações de nitrogênio total, P, K, Ca, Na, Mg, e matéria orgânica tiveram seus teores elevados quando comparados com a AR, não foi detectada a presença de metais pesados na área irrigada.