{"title":"死亡与孤独:“Vae Soli!”","authors":"Iasmim Santos Ferreira","doi":"10.15448/2526-8848.2019.2.33201","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho reside na interseccao literatura e filosofia, atrelado ao pensamento de Gilles Deleuze (2007) sobre o acontecimento. Esse entrecruzamento discute os acontecimentos morte e solidao na vida de uma viuva do seculo XIX, retratada ficcionalmente por Machado de Assis, na cronica “Vae Soli!” (1892). Buscamos as reverberacoes desses acontecimentos para a personagem, considerando seu silenciamento, sua nao nomeacao, as condicoes temporais e o machismo estrutural que conduzem a mulher a fazer um anuncio num jornal em busca de um novo casamento. Nao obstante, a morte e a solidao sao vistas tambem sob o prisma de acontecimentos comuns a vida humana. Destarte, a discussao repousa sobre o paradoxo desses acontecimentos (morte e solidao), vistos, de um lado, pelo machismo estrutural, de outro lado, pela cotidianidade humana.","PeriodicalId":43374,"journal":{"name":"SCRIPTORIUM","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Morte e solidão: acontecimentos em “Vae Soli!”\",\"authors\":\"Iasmim Santos Ferreira\",\"doi\":\"10.15448/2526-8848.2019.2.33201\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho reside na interseccao literatura e filosofia, atrelado ao pensamento de Gilles Deleuze (2007) sobre o acontecimento. Esse entrecruzamento discute os acontecimentos morte e solidao na vida de uma viuva do seculo XIX, retratada ficcionalmente por Machado de Assis, na cronica “Vae Soli!” (1892). Buscamos as reverberacoes desses acontecimentos para a personagem, considerando seu silenciamento, sua nao nomeacao, as condicoes temporais e o machismo estrutural que conduzem a mulher a fazer um anuncio num jornal em busca de um novo casamento. Nao obstante, a morte e a solidao sao vistas tambem sob o prisma de acontecimentos comuns a vida humana. Destarte, a discussao repousa sobre o paradoxo desses acontecimentos (morte e solidao), vistos, de um lado, pelo machismo estrutural, de outro lado, pela cotidianidade humana.\",\"PeriodicalId\":43374,\"journal\":{\"name\":\"SCRIPTORIUM\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"SCRIPTORIUM\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15448/2526-8848.2019.2.33201\",\"RegionNum\":3,\"RegionCategory\":\"文学\",\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q3\",\"JCRName\":\"Arts and Humanities\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"SCRIPTORIUM","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/2526-8848.2019.2.33201","RegionNum":3,"RegionCategory":"文学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
Este trabalho reside na interseccao literatura e filosofia, atrelado ao pensamento de Gilles Deleuze (2007) sobre o acontecimento. Esse entrecruzamento discute os acontecimentos morte e solidao na vida de uma viuva do seculo XIX, retratada ficcionalmente por Machado de Assis, na cronica “Vae Soli!” (1892). Buscamos as reverberacoes desses acontecimentos para a personagem, considerando seu silenciamento, sua nao nomeacao, as condicoes temporais e o machismo estrutural que conduzem a mulher a fazer um anuncio num jornal em busca de um novo casamento. Nao obstante, a morte e a solidao sao vistas tambem sob o prisma de acontecimentos comuns a vida humana. Destarte, a discussao repousa sobre o paradoxo desses acontecimentos (morte e solidao), vistos, de um lado, pelo machismo estrutural, de outro lado, pela cotidianidade humana.