Derick Giordano Feitosa Guerra, M. Nascimento, F. Vilalva, A. Costa, Alexandre Ranier Dantas
{"title":"Petrografia, química mineral e litoquímica do augen gnaisse Riacho Salgado (Lajes/RN), extremo nordeste da Província Borborema","authors":"Derick Giordano Feitosa Guerra, M. Nascimento, F. Vilalva, A. Costa, Alexandre Ranier Dantas","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-189990","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O magmatismo Paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. Nesse contexto, este trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para o augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), de idade riaciana, localizado no centro urbano de Lajes (RN). Essas rochas mostram dois eventos metamórficos, M2 e M3, com o desenvolvimento de gerações distintas de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio (três gerações), além de biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos (duas gerações). Allanita, zircão e apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultado de alterações hidrotermais. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. O quimismo de zircão e titanita (em MEV-EDS) é indicativo de protólito granítico de crosta continental, enquanto a biotita, rica na molécula de annita, é compatível com assinatura cálcioalcalina. Os anfibólios são classificados como pargasita e magnésio-hornblenda, de natureza subalcalina a alcalina, já os plagioclásios correspondem à andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e apresenta assinaturas metaluminosas e cálcioalcalinas de alto-K (subalcalina), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos, a geoquímica sugere ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba. Assim, os dados compilados e apresentados no estudo corroboram a classificação mais recente para o AGRS, imerso na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geologia USP. Série Científica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-189990","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Petrografia, química mineral e litoquímica do augen gnaisse Riacho Salgado (Lajes/RN), extremo nordeste da Província Borborema
O magmatismo Paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. Nesse contexto, este trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para o augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), de idade riaciana, localizado no centro urbano de Lajes (RN). Essas rochas mostram dois eventos metamórficos, M2 e M3, com o desenvolvimento de gerações distintas de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio (três gerações), além de biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos (duas gerações). Allanita, zircão e apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultado de alterações hidrotermais. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. O quimismo de zircão e titanita (em MEV-EDS) é indicativo de protólito granítico de crosta continental, enquanto a biotita, rica na molécula de annita, é compatível com assinatura cálcioalcalina. Os anfibólios são classificados como pargasita e magnésio-hornblenda, de natureza subalcalina a alcalina, já os plagioclásios correspondem à andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e apresenta assinaturas metaluminosas e cálcioalcalinas de alto-K (subalcalina), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos, a geoquímica sugere ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba. Assim, os dados compilados e apresentados no estudo corroboram a classificação mais recente para o AGRS, imerso na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.