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O que as teorias lésbicas têm a aprender com as epistemologias negras decoloniais?
Esse artigo se refere a um recorte de uma pesquisa de mestrado a partir de inquietações que emergem do campo pesquisado onde foi percebido que, por vezes, as teorias negras são comumente utilizadas para referenciar temas que tangem, ou até mesmo centram, as lesbianidades. A fim de compreender essa escolha epistêmica, inclusive não raramente em detrimento das próprias teorias lésbicas, esse trabalho se propõe a desvendar e refletir acerca de pontos de encontro e pontos de divergência entre a teorias lésbicas e negras propondo as epistemologias subalternas/decoloniais como possível interseção entre elas. Com intuito de trazer diálogos e pontes, como proposto pela Glória Anzaldúa (2005), esse trabalho apresenta como considerações finais a necessidade de considerar sexualidade e raça, assim como corporalidade, classe e território nas análises e propostas de mundo, compreendendo que as lesbianidades, e os corpos não brancos, não constituem categorias homogêneas mas que apesar de similitudes em suas vivências há também especificidades. Portanto, se faz imprescindível enxergar o colonialismo não como ponto final, mas ponto de partida, suas interferências na produção de epistemes que utilizamos em busca da decolonização do conhecimento.