{"title":"使用者精神药物知识与精神药物治疗的相关性","authors":"Ruan Fabio Cabral Veiga, Luciene Alves Moreira Marques","doi":"10.51161/conbracif/16","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O conhecimento do usuário sobre psicofármacos estaria relacionado à dúvidas sobre o tratamento e ao uso inapropriado de psicotrópicos. A participação do paciente é fundamental para o tratamento psicofarmacológico racional, logo a avaliação da relação entre seu conhecimento e outras variáveis clínicas deve ser feita adequadamente. Objetivos: Verificar a importância do conhecimento dos usuários de psicofármacos para o tratamento quando considerado em termos de dúvidas sobre orientação do uso, efeitos colaterais, dependência, tolerância, administração, interação medicamentosa, período de latência dos primeiros efeitos e retirada. Material e métodos: Realizou-se revisão sistemática nas bases de dados Scielo, Pubmed, Capes/Mec e Conselho Federal de Farmácia. Resultados: Conforme estudo publicado em 2010, 96,1% da amostra avaliada receberam informações (χ2=44,31; p<0,05) quanto aos efeitos colaterais, interações medicamentosas e latência dos antidepressivos e consideraram a orientação importante (χ2 =48,10; p<0,05), contudo não houve diferença estatisticamente significativa entre os que apresentaram dúvidas (48,1%) e aqueles que não (52,9%); (χ2=0,077; p>0,05). Houve correlação (S=0,294; p=0,036) entre dúvidas sobre os psicofármacos e interrupção inadequada do tratamento, confirmada em outro estudo realizado em Santa Cruz do Sul/RS com amostra formada por 106 profissionais da saúde em 2015, contudo pesquisa feita no estado de São Paulo, em que 44% apresentaram dúvida sobre os efeitos colaterais, dependência e interação medicamentosa, não corrobora essas correlações, pois não houve associação entre dúvidas e interrupção ou efeito colateral (p>0,05). Ao avaliar o conhecimento sobre o tempo de tratamento, 65% da amostra formada por profissionais da saúde não souberam e 44,8% não conhecem o período de latência dos primeiros efeitos (X2 =45,31; p<0,05). Estudo feito em 2014 demonstra que 21,2% dos estudantes de medicina usuários de antidepressivos apresentaram dúvidas sobre sua administração, embora tenham recebido orientação, a maior parte dos universitários afirmou que o medicamento poderia causar tolerância e/ou dependência, fatos que não estão, frequentemente, associados ao uso desses tipos de psicofármacos. Conclusão: Não está bem esclarecido como o conhecimento dos usuários de psicofármacos e suas dúvidas interferem tanto no tratamento quanto em variáveis clínicas como ocorrência de efeitos colaterais. Portanto é necessária a realização de estudos adicionais sobre “conhecimento dos usuários de psicofármacos”.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"8 7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"RELEVÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS SOBRE PSICOFÁRMACOS PARA O TRATAMENTO PSICOFARMACOLÓGICO\",\"authors\":\"Ruan Fabio Cabral Veiga, Luciene Alves Moreira Marques\",\"doi\":\"10.51161/conbracif/16\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O conhecimento do usuário sobre psicofármacos estaria relacionado à dúvidas sobre o tratamento e ao uso inapropriado de psicotrópicos. 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RELEVÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS SOBRE PSICOFÁRMACOS PARA O TRATAMENTO PSICOFARMACOLÓGICO
Introdução: O conhecimento do usuário sobre psicofármacos estaria relacionado à dúvidas sobre o tratamento e ao uso inapropriado de psicotrópicos. A participação do paciente é fundamental para o tratamento psicofarmacológico racional, logo a avaliação da relação entre seu conhecimento e outras variáveis clínicas deve ser feita adequadamente. Objetivos: Verificar a importância do conhecimento dos usuários de psicofármacos para o tratamento quando considerado em termos de dúvidas sobre orientação do uso, efeitos colaterais, dependência, tolerância, administração, interação medicamentosa, período de latência dos primeiros efeitos e retirada. Material e métodos: Realizou-se revisão sistemática nas bases de dados Scielo, Pubmed, Capes/Mec e Conselho Federal de Farmácia. Resultados: Conforme estudo publicado em 2010, 96,1% da amostra avaliada receberam informações (χ2=44,31; p<0,05) quanto aos efeitos colaterais, interações medicamentosas e latência dos antidepressivos e consideraram a orientação importante (χ2 =48,10; p<0,05), contudo não houve diferença estatisticamente significativa entre os que apresentaram dúvidas (48,1%) e aqueles que não (52,9%); (χ2=0,077; p>0,05). Houve correlação (S=0,294; p=0,036) entre dúvidas sobre os psicofármacos e interrupção inadequada do tratamento, confirmada em outro estudo realizado em Santa Cruz do Sul/RS com amostra formada por 106 profissionais da saúde em 2015, contudo pesquisa feita no estado de São Paulo, em que 44% apresentaram dúvida sobre os efeitos colaterais, dependência e interação medicamentosa, não corrobora essas correlações, pois não houve associação entre dúvidas e interrupção ou efeito colateral (p>0,05). Ao avaliar o conhecimento sobre o tempo de tratamento, 65% da amostra formada por profissionais da saúde não souberam e 44,8% não conhecem o período de latência dos primeiros efeitos (X2 =45,31; p<0,05). Estudo feito em 2014 demonstra que 21,2% dos estudantes de medicina usuários de antidepressivos apresentaram dúvidas sobre sua administração, embora tenham recebido orientação, a maior parte dos universitários afirmou que o medicamento poderia causar tolerância e/ou dependência, fatos que não estão, frequentemente, associados ao uso desses tipos de psicofármacos. Conclusão: Não está bem esclarecido como o conhecimento dos usuários de psicofármacos e suas dúvidas interferem tanto no tratamento quanto em variáveis clínicas como ocorrência de efeitos colaterais. Portanto é necessária a realização de estudos adicionais sobre “conhecimento dos usuários de psicofármacos”.