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Educando para natureza: bienais de arte e educação ambiental
A pesquisa propõe o desenho de um território no qual educação, educação ambiental e arte estejam presentes. A intenção é seguir os rastros deixados por Michel Foucault, desarrumando as linhas que mantém separadas natureza e cultura. Para tanto foram analisados materiais provenientes de exposições artísticas que apresentam questões caras à educação ambiental, que transbordam ditos e visibilidades sobre o meio ambiente, sobre outras formas de habitar o planeta e de lidar com as incertezas ligadas as crises ambientais. Propostas curatoriais, obras, catálogos e materiais educativos lançados em razão da 9ª edição da Bienal do Mercosul/Porto Alegre, realizada em 2013 e da 32ª Bienal de São Paulo de 2016, foram pensados como elementos que fazem parte de processos de produção de subjetividades e que aparecem carregados de enunciações e de visibilidades sobre a natureza e sobre as formas como aprendemos a ver e a agir diante dos atuais dilemas ambientais. Interessa pensar de que forma exposições de arte contemporânea que discutem questões que atravessam a educação ambiental vem educando para natureza.