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Nas últimas décadas, prédios de antigas fábricas – em sua maioria, tecelagens – têm sido aproveitados para outras funcionalidades. Assim, os patrimônios culturais associados ao trabalho fabril perdem não somente a sua função original, mas, também, como propiciador da construção de uma memória e identidade da classe trabalhadora. Em Sorocaba, cidade do interior paulista, conhecida no passado como “Manchester Paulista”, as construções das antigas tecelagens, em arquitetura inglesa, converteram-se em shopping centers ou hipermercados. O presente artigo procura discorrer sobre o patrimônio cultural dos trabalhadores e como produzir outras articulações para a constituição de uma memória emancipadora da classe operária a partir de estratégias outras que abarcam, inclusive, a constituição de patrimônios imateriais.