Davi Dornelles Rodrigues de Souza Valentim, V. Pontual, Rosane Piccolo Loretto
{"title":"根据盎格鲁-撒克逊和巴西的理论和保护机构,文化意义的概念","authors":"Davi Dornelles Rodrigues de Souza Valentim, V. Pontual, Rosane Piccolo Loretto","doi":"10.11606/issn.1980-4466.v17i34p10-31","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe-se a analisar a noção de significância cultural, em seus aspectos teóricos e práticos da contemporaneidade, a partir da pesquisa bibliográfica realizada entre os principais pesquisadores da conservação e instituições de salvaguarda do patrimônio que debatem sobre o conceito: os anglo-saxões e os brasileiros. A significância cultural surge na década de 1980, e a sua compreensão está relacionada aos valores patrimoniais e ao reconhecimento dos bens culturais como patrimônio. Durante os primeiros vinte anos, pesquisadores anglo-saxões dedicaram-se a questionar a compreensão da significância percebida nas práticas das instituições de salvaguarda, que centravam a pesquisa sobre os valores patrimoniais nos técnicos e especialistas, enquanto os teóricos defendiam o envolvimento de atores sociais diversos na validação destes valores. Nos últimos vinte anos, pesquisadores brasileiros identificaram duas abordagens distintas adotadas no entendimento de significância: uma objetiva, focada no reconhecimento dos valores dos especialistas; e outra relativista, que assume os valores patrimoniais como socialmente atribuídos. Passadas quatro décadas desde a publicação da primeira edição da Carta de Burra (1979-2019), esta pesquisa questiona: como tem sido compreendida e aplicada a noção de significância por teóricos e instituições de salvaguarda? O presente artigo tem como foco principal investigar se a teoria e prática contemporâneas dos países que mais contribuíram para alavancar a significância cultural estariam alinhadas ideologicamente e quais os desafios já apontados pela significância a serem superados, para que a noção possa ser adotada como instrumento de salvaguarda.","PeriodicalId":21242,"journal":{"name":"Revista CPC","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A noção de significância cultural segundo teóricos e instituições de salvaguarda anglo-saxões e brasileiros\",\"authors\":\"Davi Dornelles Rodrigues de Souza Valentim, V. Pontual, Rosane Piccolo Loretto\",\"doi\":\"10.11606/issn.1980-4466.v17i34p10-31\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo propõe-se a analisar a noção de significância cultural, em seus aspectos teóricos e práticos da contemporaneidade, a partir da pesquisa bibliográfica realizada entre os principais pesquisadores da conservação e instituições de salvaguarda do patrimônio que debatem sobre o conceito: os anglo-saxões e os brasileiros. A significância cultural surge na década de 1980, e a sua compreensão está relacionada aos valores patrimoniais e ao reconhecimento dos bens culturais como patrimônio. Durante os primeiros vinte anos, pesquisadores anglo-saxões dedicaram-se a questionar a compreensão da significância percebida nas práticas das instituições de salvaguarda, que centravam a pesquisa sobre os valores patrimoniais nos técnicos e especialistas, enquanto os teóricos defendiam o envolvimento de atores sociais diversos na validação destes valores. Nos últimos vinte anos, pesquisadores brasileiros identificaram duas abordagens distintas adotadas no entendimento de significância: uma objetiva, focada no reconhecimento dos valores dos especialistas; e outra relativista, que assume os valores patrimoniais como socialmente atribuídos. Passadas quatro décadas desde a publicação da primeira edição da Carta de Burra (1979-2019), esta pesquisa questiona: como tem sido compreendida e aplicada a noção de significância por teóricos e instituições de salvaguarda? O presente artigo tem como foco principal investigar se a teoria e prática contemporâneas dos países que mais contribuíram para alavancar a significância cultural estariam alinhadas ideologicamente e quais os desafios já apontados pela significância a serem superados, para que a noção possa ser adotada como instrumento de salvaguarda.\",\"PeriodicalId\":21242,\"journal\":{\"name\":\"Revista CPC\",\"volume\":\"21 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-12-20\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista CPC\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v17i34p10-31\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista CPC","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v17i34p10-31","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A noção de significância cultural segundo teóricos e instituições de salvaguarda anglo-saxões e brasileiros
Este artigo propõe-se a analisar a noção de significância cultural, em seus aspectos teóricos e práticos da contemporaneidade, a partir da pesquisa bibliográfica realizada entre os principais pesquisadores da conservação e instituições de salvaguarda do patrimônio que debatem sobre o conceito: os anglo-saxões e os brasileiros. A significância cultural surge na década de 1980, e a sua compreensão está relacionada aos valores patrimoniais e ao reconhecimento dos bens culturais como patrimônio. Durante os primeiros vinte anos, pesquisadores anglo-saxões dedicaram-se a questionar a compreensão da significância percebida nas práticas das instituições de salvaguarda, que centravam a pesquisa sobre os valores patrimoniais nos técnicos e especialistas, enquanto os teóricos defendiam o envolvimento de atores sociais diversos na validação destes valores. Nos últimos vinte anos, pesquisadores brasileiros identificaram duas abordagens distintas adotadas no entendimento de significância: uma objetiva, focada no reconhecimento dos valores dos especialistas; e outra relativista, que assume os valores patrimoniais como socialmente atribuídos. Passadas quatro décadas desde a publicação da primeira edição da Carta de Burra (1979-2019), esta pesquisa questiona: como tem sido compreendida e aplicada a noção de significância por teóricos e instituições de salvaguarda? O presente artigo tem como foco principal investigar se a teoria e prática contemporâneas dos países que mais contribuíram para alavancar a significância cultural estariam alinhadas ideologicamente e quais os desafios já apontados pela significância a serem superados, para que a noção possa ser adotada como instrumento de salvaguarda.