Escala de qualidade da informação

Enquadramento: O processo de comunicação é inerente ao processo de cuidar, importando perceber como a cliente, alvo dos cuidados de enfermagem, perceciona a qualidade de informação que lhe é transmitida pelos enfermeiros que dela cuidam. Objetivo: O objetivo deste estudo consiste em analisar a estrutura empírica da escala de qualidade da informação através de análise fatorial exploratória e confirmatória. Participantes: Esta foi aplicada a uma amostra não probabilística por conveniência constituída por 584 mulheres com idades compreendidas entre os 20 e 49 anos com uma média de idade de 31,77 anos (± 5,88) na sua maioria a coabitar com companheiro (93,5%). Métodos: Estudo metodológico, em que uma escala de diferencial semântico foi testada através da validade de face e de conteúdo e avaliadas as propriedades psicométricas, através da consistência interna pelo coeficiente Alpha ( ) de Cronbach e da validade de construto nas suas dimensões validade fatorial exploratória e confirmatória, validade convergente e validade discriminante. Resultados: Os resultados da análise fatorial exploratória levaram à obtenção de uma estrutura unifatorial com 7 itens que explicavam no total 79,84% da variância e com um coeficiente alfa de Cronbach de 0,957. Os resultados da análise fatorial confirmatória mostram uma estrutura unifatorial com seis itens e com índices gerais de adequação fiáveis, confirmando a qualidade do ajuste do modelo aos dados empíricos. (x2/gl= 2,885; GFI= 0,985; CFI= 0,995; RMR= 0,029; RMSEA=0,057). Conclusões: Os resultados evidenciam que a escala de qualidade de informação pode ser utilizada como instrumento de pesquisa e de monitorização para avaliar a qualidade de informação ocorrida entre enfermeiros e as clientes alvo dos seus cuidados.