Bruna de Oliveira Silva, Lara Pepita de Souza Oliveira, Rodrigo Santos Damascena
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Após esse prévio levantamento, foi feita a revisão da literatura nas bases de dados eletrônicas Scielo, Medline e Google Acadêmico. Estabeleceu-se como critérios de inclusão, artigos na íntegra publicados no período de Janeiro a Dezembro de 2020, nos idiomas de inglês e português. Resultados/Discussão: Observou-se que as plantas mais citadas pelos comerciantes foram: Chá Verde, Cavalinha e Hibisco. Na cultura popular essas plantas são vistas como efetivas e seguras na proposta de emagrecimento, levando a bons resultados e uso desenfreado. O chá verde em alta concentração pode ser tóxico ao organismo, com risco iminente de hepatotoxicidade. A cavalinha apresenta efeito diurético, podendo levar a quadros de hipocalemia. Quando consumida por um longo período pode levar a episódios de fraqueza e redução na coordenação motora. O hibisco apresentou uma baixa toxicidade, mas é necessário atenção redobrada durante o seu consumo. Conclusão: Pode-se perceber que a associação entre plantas e toxicidade ainda é pouco explorada. Os produtos mais comercializados nos estabelecimentos visitados são comprovadamente tóxicos se utilizados em grande quantidade e por longo período de tempo, podendo causar sérios problemas de saúde. Desse modo, o uso de produtos naturais deve ser feito com cautela, pois o natural não é sempre benéfico. 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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS PARA PERDA DE PESO COMERCIALIZADAS EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DA BAHIA
Introdução: A busca pelo corpo perfeito é uma frequente preocupação na sociedade, no qual torna-se recorrente a procura por chás emagrecedores. Pela facilidade de acesso, aquisição e uso, às plantas medicinais são consideradas uma opção atraente no processo de emagrecimento. Entretanto, esse consumo na maioria das vezes é realizado sem aconselhamento de um profissional e desconsiderando os possíveis riscos à saúde. Objetivos: Estimar o consumo e toxicidade de plantas medicinais utilizadas para perda de peso, comercializadas em um município do interior da Bahia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo e revisão sistemática, cuja coleta de dados foi realizada em 3 feiras livres e 5 lojas de produtos naturais, selecionando as plantas emagrecedoras mais comercializadas nesses locais. Após esse prévio levantamento, foi feita a revisão da literatura nas bases de dados eletrônicas Scielo, Medline e Google Acadêmico. Estabeleceu-se como critérios de inclusão, artigos na íntegra publicados no período de Janeiro a Dezembro de 2020, nos idiomas de inglês e português. Resultados/Discussão: Observou-se que as plantas mais citadas pelos comerciantes foram: Chá Verde, Cavalinha e Hibisco. Na cultura popular essas plantas são vistas como efetivas e seguras na proposta de emagrecimento, levando a bons resultados e uso desenfreado. O chá verde em alta concentração pode ser tóxico ao organismo, com risco iminente de hepatotoxicidade. A cavalinha apresenta efeito diurético, podendo levar a quadros de hipocalemia. Quando consumida por um longo período pode levar a episódios de fraqueza e redução na coordenação motora. O hibisco apresentou uma baixa toxicidade, mas é necessário atenção redobrada durante o seu consumo. Conclusão: Pode-se perceber que a associação entre plantas e toxicidade ainda é pouco explorada. Os produtos mais comercializados nos estabelecimentos visitados são comprovadamente tóxicos se utilizados em grande quantidade e por longo período de tempo, podendo causar sérios problemas de saúde. Desse modo, o uso de produtos naturais deve ser feito com cautela, pois o natural não é sempre benéfico. Ademais, os achados dessa pesquisa podem contribuir para orientar a sociedade acerca do uso de plantas e suas consequências.