N. Damião, Francisco Carlos de Oliveira, L. M. Araújo, Melina Aparecido Plastina Cardoso
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Foi possível a análise da Taxa de Fecundidade Total (TFT), via de parto, estado civil e escolaridade das parturientes. Discussão: a menor TFT foi apresentada na faixa etária de 13 a 15 anos (1,05 filhos/mulher) e a maior entre 36 a 49 anos (4,47 filhos/mulher). A via de parto vaginal correspondeu a 64% dos partos, enquanto que a via cirúrgica por cesárea aconteceu em 36% dos casos. Em relação à escolaridade, 3% apresentaram-se como analfabetas; 48% possuíam nível fundamental; 40% nível médio completo e 9% possuíam nível superior completo ou incompleto. Houve 0,5% de omissão da que escolaridade no momento do preenchimento dos dados. Os dados coletados sobre o estado civil foram considerados inconclusivos. Conclusão: Conclui-se que a Taxa de Fecundidade da população estudada está acima da Taxa de Fecundidade Total projetada para 2015 no Brasil nas faixas etárias acima de 19 anos e da taxa de fecundidade ideal para que haja uma reposição da população segundo o DATASUS (2021). 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Perfil reprodutivo de uma população de alta vulnerabilidade
Introdução: padrões sexuais e reprodutivos são influenciados por fatores biopsicossociais. Dentre esses fatores, há a vulnerabilidade, conceito amplo, complexo e que determina maior atenção das políticas públicas. Objetivo: conhecer o perfil reprodutivo das mulheres que residem em uma área de alta vulnerabilidade na cidade de Curitiba-PR. Metodologia: descritivo, documental de caráter analítico observacional transversal. Coleta e análise de dados das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) na Unidade de Saúde do Capanema e análise de dados públicos fornecidos pelo IBGE. Resultados: foram analisados 1199 DNVs, sendo 1011 mulheres com idades entre 13 e 49 anos, compreendidos entre os anos de 2003 a 2018. Foi possível a análise da Taxa de Fecundidade Total (TFT), via de parto, estado civil e escolaridade das parturientes. Discussão: a menor TFT foi apresentada na faixa etária de 13 a 15 anos (1,05 filhos/mulher) e a maior entre 36 a 49 anos (4,47 filhos/mulher). A via de parto vaginal correspondeu a 64% dos partos, enquanto que a via cirúrgica por cesárea aconteceu em 36% dos casos. Em relação à escolaridade, 3% apresentaram-se como analfabetas; 48% possuíam nível fundamental; 40% nível médio completo e 9% possuíam nível superior completo ou incompleto. Houve 0,5% de omissão da que escolaridade no momento do preenchimento dos dados. Os dados coletados sobre o estado civil foram considerados inconclusivos. Conclusão: Conclui-se que a Taxa de Fecundidade da população estudada está acima da Taxa de Fecundidade Total projetada para 2015 no Brasil nas faixas etárias acima de 19 anos e da taxa de fecundidade ideal para que haja uma reposição da população segundo o DATASUS (2021). Tais dados podem estar relacionados com a vulnerabilidade da comunidade em questão, corroborando com estudos que relatam maiores taxas de fecundidade relacionada a menor renda e menor escolaridade.