D. A. Batiston, Rosemarie Rohn, Maria Gabriela Castillo Vincentelli
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Próximo ao topo da Formação Mariricu, de idade aptiana, já há indícios de geometria de extensa calha rasa. O paleocânion é dividido pela Zona de Charneira Cedro-Rio Doce (ZCCRD), sistema de falhas normais de direção N-S. A morfologia do paleocânion também foi controlada por diversas falhas normais nos blocos proximal e distal à ZCCRD, originadas no embasamento, ainda ativas quase até o final do preenchimento do paleocânion, com direção NE-SO. Falhas normais também tiveram papel determinante na origem de um canal secundário de grande porte a sudoeste, assim como outros menores ao longo da margem norte. Na porção proximal, depósitos neocretácicos foram preservados devido a abatimento e rotação de blocos por falhas normais. Pode-se inferir que o preenchimento eoeocênico proximal foi por sedimentos da mesma fonte que aqueles acumulados no depocentro do paleocânion. Refletores sísmicos sugerem a presença de abundantes canais escavados e preenchidos na porção inferior do cânion e transição cânion acima para canais dispersos. O conjunto de interpretações é sintetizado esquematicamente por meio de um modelo geológico evolutivo e deposicional.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Modelo geológico evolutivo e deposicional do paleocânion de Regência, região onshore da Bacia do Espírito Santo, Cretáceo ao Eoceno\",\"authors\":\"D. A. 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Modelo geológico evolutivo e deposicional do paleocânion de Regência, região onshore da Bacia do Espírito Santo, Cretáceo ao Eoceno
O paleocânion de Regência, reconhecido em subsuperfície na Bacia do Espírito Santo, foi originado no Cretáceo e preenchido até o Mesoeoceno. Dados de 31 seções sísmicas, 29 poços e marcadores bioestratigráficos substanciaram a elaboração de modelos geológicos que aprimoram o conhecimento sobre a evolução e a morfologia do paleocânion. Os resultados incluem correlações estratigráficas, interpretações de feições estruturais e das principais superfícies estratigráficas (topos das formações Mariricu, São Mateus, Regência e Urucutuca), mapas de contorno estrutural dos topos litoestratigráficos e seções esquemáticas. Desde seu início, o paleocânion foi estruturado por falhas no embasamento. Próximo ao topo da Formação Mariricu, de idade aptiana, já há indícios de geometria de extensa calha rasa. O paleocânion é dividido pela Zona de Charneira Cedro-Rio Doce (ZCCRD), sistema de falhas normais de direção N-S. A morfologia do paleocânion também foi controlada por diversas falhas normais nos blocos proximal e distal à ZCCRD, originadas no embasamento, ainda ativas quase até o final do preenchimento do paleocânion, com direção NE-SO. Falhas normais também tiveram papel determinante na origem de um canal secundário de grande porte a sudoeste, assim como outros menores ao longo da margem norte. Na porção proximal, depósitos neocretácicos foram preservados devido a abatimento e rotação de blocos por falhas normais. Pode-se inferir que o preenchimento eoeocênico proximal foi por sedimentos da mesma fonte que aqueles acumulados no depocentro do paleocânion. Refletores sísmicos sugerem a presença de abundantes canais escavados e preenchidos na porção inferior do cânion e transição cânion acima para canais dispersos. O conjunto de interpretações é sintetizado esquematicamente por meio de um modelo geológico evolutivo e deposicional.