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Memória e (não) identidade no suvenir carioca: alguns recortes históricos
Tomando como objeto de estudo os artefatos que têm como função representar e lembrar o Rio de Janeiro para seus visitantes, este artigo pretende mostrar como o suvenir turístico – de uma maneira geral, e desde o século 19 – se apropria das mesmas construções imputadas aos destinos turísticos, inicialmente na literatura, postais, guias, matérias jornalísticas, gravuras, e fotografias; depois no cinema e na TV e,mais recentemente, nas redes sociais, blogs de conteúdo e sites de busca.Para o turista, reconhecer presencialmente o que já é pré-conhecido faz parte de uma necessidade de confirmação daquilo que lhe foi anunciado, mesmo que isso soe déjà-vu. Assim, tanto o cartão postal (de outrora), quanto o suvenir (ainda hoje), que deveriam ser símbolo do singular e do local, acabam sendo também a confirmação daquilo que já se conhecia antes da viagem. Acabam-se subvertendo ao impessoal, global, disseminado.Considerando que o Rio de Janeiro, historicamente, foi o principal acesso ao Brasil e, ainda hoje, é a cidade mais visitada do país, pretende-se mostrar como alguns suvenires ocupam, lugar miscigenógico e/ou sinestésico de Brasil, exaltando a diversidade de uma natureza que não está exatamente presente na cidade, mas se confunde com a “selva” (natural e cultural) a que o Rio era (e ainda é) associado.No artigo, os suvenires do Rio de Janeiro serão citados em recortes históricos exemplares, e observados sob a luz dos conceitos de "âncoras de memória”, “memória coletiva” e “imaginário coletivo”.