在对抗的话语中,工人(重新)发现。和埃尼·奥兰迪一起思考

Santiago Bretanha, Virgínia Lucena Caetano
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摘要

本文以Orlandi(1990)在其著作《Terra a Vista》中提出的开放姿态为基础,分析了getulio Vargas的《1ºde Maio》公开声明中作品的话语建构(想象)。分析的物质性,由个人主义的国家意识形态构成,指的是新国家理性,一个以巴西民族现代化尝试为标志的独裁时期。主要基于唯物主义的认识论原则分析演讲,由Pêcheux Orlandi更新/领土,它注意到图片的工作的工作种,需要特定的操作的interdiscurso商标在线性语言作为一个人的,粗心的,默认情况下。所采取的分析姿态指出,作品被想象成一个矩阵,体现了其他社会想象,直接与阶级、经济、政府和国家的代表交织在一起。记忆的功能,社会(pecheux, [1975] 2014;ORLANDI, 1990;2003)和情感(草2012),通过回归,标志interdiscurso的句法功能进行重新整合,提高预构建的(我)的生产和消费驱动的经济,(ii)的劳动工人的尊严面前人格的匈奴,(iii)的社会阶级合作(在拒绝纠纷)。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
NO DISCURSO DO CONFRONTO, O TRABALHADOR (RE)DESCOBERTO. PENSAR COM ENI ORLANDI
Ancorado no gesto de abertura proposto por Orlandi (1990) em sua obra Terra à Vista, este artigo propõe-se a analisar a construção discursiva (imaginária) do trabalho nos pronunciamentos públicos de 1º de Maio de Getúlio Vargas. As materialidades em análise, constituídas pela ideologia de Estado personalista, remetem à razão novo-estadista, período ditatorial marcado por uma tentativa de modernização da nação brasileira. Baseado, fundamentalmente, nos princípios epistemológicos da Análise de Discurso materialista, fundados por Pêcheux e atualizados/territorializados por Orlandi, o trabalho atenta às imagens de trabalho pelo viés do pré-construído, funcionamento específico do interdiscurso que se marca na linearidade linguística como um impensado do pensamento, à revelia do sujeito. O gesto analítico levado a efeito pontua que o trabalho é imaginariamente construído como matriz que consubstancia os demais imaginários sociais, estando diretamente imbricado à representação das classes, da economia, do governo e da nação. O funcionamento da memória, social (PÊCHEUX, [1975] 2014; ORLANDI, 1990; 2003) e afetiva (SILVA, 2012), por via de retorno, marca no funcionamento sintático a reinserção do interdiscurso, fazendo emergir os pré-construídos (i) da produção e do consumo como motrizes da economia, (ii) da dignificação do trabalhador pelo trabalho frente à figura personalista do governante e o (iii) da colaboração de classes (em denegação dos litígios sociais).
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