Josias Marcos de Resende Silva, H. Mendonça, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Costa Marinho
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Aproveitando-se da instabilidade resultante de um golpe de Estado ocorrido em março de 2012, rebeldes tuaregues conquistaram a região historicamente reivindicada do Azawad, localizada no norte do Mali. Nos meses seguintes, grupos armados jihadistas que apoiaram o movimento tuaregue tomaram o poder no território conquistado e impuseram um regime islâmico extremista. Além de desencadear uma crise humanitária de grandes proporções, os jihadistas passaram a constituir uma ameaça ao sul do país e a toda a região do Sahel. Após intensas negociações diplomáticas junto aos organismos internacionais e em decorrência de um pedido de ajuda militar proveniente do presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, a França liderou uma intervenção militar no país entre janeiro de 2013 e julho de 2014 denominada “Operação Serval”. Nesse contexto, este artigo analisa essa operação com o objetivo de avaliar o impacto dessa intervenção militar francesa no Mali. Metodologicamente, foi conduzido umestudo de caso sobre a Operação Serval, de forma a compreender profundamente sua condução, assim como seus antecedentes e suas consequências nos níveis político e militar. Como resultado, foi possível verificar que ela cumpriu satisfatoriamente seus objetivos militares propostos. Contudo, o bom desempenho militar não correspondeu ao sucesso no nível político.