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Indicadores de saúde nas cidades intermediárias amazônicas durante a crise sanitária da Covid-19: sinalizadores de segregação social e injustiça ambiental
Este artigo pretende expor o agravamento da injustiça sanitária e ambiental na Amazônia brasileira causada pela pandemia da Covid-19 e pela descoordenação das ações do governo Federal, com ênfase em dois objetos: a situação dos municípios amazônicos, com destaque para Manaus (AM) e o impacto diferenciado da pandemia sobre os povos indígenas. Para tal, foram contrapostos os dados do CNES, da REGIC, da pesquisa de Ligações Rodoviárias e Hidroviárias de 2016 e do DATASUS. Além disso, os povos indígenas são afetados duplamente, seja pela Covid-19 seja pela violação sistemática de seus direitos territoriais. Por fim, o trabalho conclui que nas cidades intermediárias e nas capitais amazônicas foi predominante o quadro de colapso sanitário porque: (i) estas cidades atuam como polos subregionais nos atendimentos de alta complexidade na Amazônia; (ii) apresentam uma parcela elevada de trabalhadores informais, que conforme apontado por alguns estudos, tem correlação positiva com os casos de contaminação e morte por Covid-19; (iii) a maior parte da população reside em aglomerados subnormais, que facilitam a contaminação pelo vírus(iv) houve negligência na forma de se lidar com a pandemia por parte do Governo Federal e dos entes subnacionais, desconsiderando a gravidade adicional da pandemia na região.