Mariana Barreira Duarte de Sousa, Kelly Renata Lopes Silva, Mariana da Silva Andrade, Weberson Lima Silva, Cyntya Kethurin Ribeiro
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Foi utilizado o número de casos da SCZ, obtidos no Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP-Microcefalia), bem como o número de nascidos vivos, disponíveis no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Para obtenção da incidência foi realizado o cálculo: (n° de casos/nascidos vivos) x 1000. Os dados foram submetidos ao software Stata 14.0, a partir do qual se realizou a análise de série temporal através do método de Prais-Winsten. Foram consideradas significativos as séries temporais com p-valor menor que 0,05. Resultado: Entre os anos de 2015 a 2021 foram registrados em todo o país 20.444 casos da SCZ, sendo que 2016 demonstrou o maior número de casos (8.587) e 2021 o menor (801). O Brasil apresentou tendência temporal significativa decrescente da incidência (p-valor=0,002), com taxa de variação anual (TVA) negativa de 28,3% entre 2015 e 2021. Além disso, a regiões Nordeste (p-valor= 0,006) e Centro-Oeste (p-valor=0,004) também apresentaram tendência decrescente significativa, com TVA negativa de 37,4% e 31,2%, respectivamente. As demais regiões tiveram caráter estacionário (p-valor maior que 0,05). Conclusão: A partir do recorte temporal do presente estudo, a queda observada na incidência de SCZ demonstrou a efetividade de diferentes políticas públicas adotadas desde 2015 para conter o desenvolvimento dessa problemática. Contudo, é necessário a manutenção de esforços para aperfeiçoar e desenvolver novas estratégias, em âmbito nacional, que permitam a atenuação ou erradicação desta síndrome no Brasil, a qual tem potencial de desencadear inúmeros prejuízos psicossociais a família e a crianças que a desenvolve.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O COMPORTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA, 2015-2021\",\"authors\":\"Mariana Barreira Duarte de Sousa, Kelly Renata Lopes Silva, Mariana da Silva Andrade, Weberson Lima Silva, Cyntya Kethurin Ribeiro\",\"doi\":\"10.51161/ii-conbrai/5894\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O vírus Zika alcançou o Brasil em 2015, quando foi identificado um número crescente de recém-nascidos apresentando uma síndrome congênita caracterizada principalmente por microcefalia, alterações oftalmológicas e ortopédicas. 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摘要
简介:寨卡病毒于2015年抵达巴西,当时发现越来越多的新生儿患有以小头症、眼科和骨科改变为特征的先天性综合征。从那时起,先天性寨卡病毒综合征(SCZ)由母亲在怀孕期间确诊感染寨卡病毒的儿童所表现出的体征和症状组成。目的:本研究旨在分析2015 - 2021年巴西SCZ发病率的时间序列。方法:这是一种观察性和分析性的时间分析。为此,我们从Sistema unico de saude (DataSUS)的信息学部门获得了数据。我们使用了从公共卫生事件登记(RESP-小头症)中获得的SCZ病例数量,以及活产信息系统(SINASC)中提供的活产数量。为了获得发病率,我们进行了计算:(病例数/活产)× 1000。数据提交到Stata 14.0软件中,通过Prais-Winsten方法进行时间序列分析。p值小于0.05的时间序列被认为是显著的。结果:2015 - 2021年全国登记病例20444例,2016年病例最多(8587例),2021年病例最少(801例)。巴西在2015年至2021年期间发病率呈显著下降趋势(p值= 0.002),年变化率(增值税)为负28.3%。此外,东北地区(p- value = 0.006)和中西部地区(p- value = 0.004)也呈现显著下降趋势,负增值税分别为37.4%和31.2%。其余区域具有稳态特征(p值大于0.05)。结论:从本研究的时间框架来看,SCZ发病率的下降显示了自2015年以来采取的不同公共政策的有效性,以遏制这一问题的发展。然而,有必要继续努力在国家一级改进和制定新的战略,以便在巴西减轻或根除这一综合症,因为这一综合症有可能对患有这一综合症的家庭和儿童造成许多心理社会损害。
O COMPORTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA, 2015-2021
Introdução: O vírus Zika alcançou o Brasil em 2015, quando foi identificado um número crescente de recém-nascidos apresentando uma síndrome congênita caracterizada principalmente por microcefalia, alterações oftalmológicas e ortopédicas. Desde então, a Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCZ) consiste em sinais e sintomas apresentados por crianças cujas mães tiveram infecção confirmada pelo vírus durante a gestação. Objetivo: Este estudo visa analisar a série temporal da incidência de SCZ no Brasil, entre os anos de 2015 e 2021. Metodologia: Trata-se de uma análise temporal de caráter observacional e analítico. Para tal, obteve-se os dados a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Foi utilizado o número de casos da SCZ, obtidos no Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP-Microcefalia), bem como o número de nascidos vivos, disponíveis no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Para obtenção da incidência foi realizado o cálculo: (n° de casos/nascidos vivos) x 1000. Os dados foram submetidos ao software Stata 14.0, a partir do qual se realizou a análise de série temporal através do método de Prais-Winsten. Foram consideradas significativos as séries temporais com p-valor menor que 0,05. Resultado: Entre os anos de 2015 a 2021 foram registrados em todo o país 20.444 casos da SCZ, sendo que 2016 demonstrou o maior número de casos (8.587) e 2021 o menor (801). O Brasil apresentou tendência temporal significativa decrescente da incidência (p-valor=0,002), com taxa de variação anual (TVA) negativa de 28,3% entre 2015 e 2021. Além disso, a regiões Nordeste (p-valor= 0,006) e Centro-Oeste (p-valor=0,004) também apresentaram tendência decrescente significativa, com TVA negativa de 37,4% e 31,2%, respectivamente. As demais regiões tiveram caráter estacionário (p-valor maior que 0,05). Conclusão: A partir do recorte temporal do presente estudo, a queda observada na incidência de SCZ demonstrou a efetividade de diferentes políticas públicas adotadas desde 2015 para conter o desenvolvimento dessa problemática. Contudo, é necessário a manutenção de esforços para aperfeiçoar e desenvolver novas estratégias, em âmbito nacional, que permitam a atenuação ou erradicação desta síndrome no Brasil, a qual tem potencial de desencadear inúmeros prejuízos psicossociais a família e a crianças que a desenvolve.