{"title":"巴西-玻利维亚边境双城的融合:合作与冲突的因素","authors":"Vicente Giaccaglini Ferraro Jr","doi":"10.48075/rtc.v25i50.21196","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O processo de integração na fronteira Brasil-Bolívia é condicionado por diversas contradições entre elementos que reforçam tanto a cooperação quanto o conflito de interesses. Nesse sentido, o limite internacional é um mecanismo de controle que propicia benefícios e oportunidades a determinados atores, ao mesmo tempo em que eleva o potencial de riscos e custos para outros. O presente artigo almeja identificar os principais elementos de cooperação e conflito que condicionam a integração na região, bem como os atores locais beneficiados ou prejudicados pela situação de fronteira. Inicialmente apresentamos os fatos históricos que marcaram o povoamento da região para, em seguida, discorrermos sobre as interações socioculturais e comerciais entre brasileiros e bolivianos. A pesquisa contou com trabalho de campo e entrevistas realizadas nas principais cidades-gêmeas da fronteira Brasil- Bolívia, propriamente em Corumbá-Ladário (Mato Grosso do Sul) / Puerto Quijarro-Puerto Suárez (Santa Cruz), Guajará-Mirim (Rondônia) / Guayaramerín (Beni) e Brasileia-Epitaciolândia (Acre) / Cobija (Pando). Concluiu-se que a dicotomia cooperação-conflito está intrinsecamente associada à relação entre custos e benefícios propiciados pelo limite fronteiriço a diferentes atores e grupos sociais. À parte de observações comuns às cidades-gêmeas, cada qual apresenta características sui generis, o que reforça a velha máxima “cada fronteira é uma fronteira”.","PeriodicalId":22334,"journal":{"name":"Tempo da Ciência","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A integração nas cidades-gêmeas da fronteira Brasil-Bolívia: elementos de cooperação e conflito\",\"authors\":\"Vicente Giaccaglini Ferraro Jr\",\"doi\":\"10.48075/rtc.v25i50.21196\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O processo de integração na fronteira Brasil-Bolívia é condicionado por diversas contradições entre elementos que reforçam tanto a cooperação quanto o conflito de interesses. Nesse sentido, o limite internacional é um mecanismo de controle que propicia benefícios e oportunidades a determinados atores, ao mesmo tempo em que eleva o potencial de riscos e custos para outros. O presente artigo almeja identificar os principais elementos de cooperação e conflito que condicionam a integração na região, bem como os atores locais beneficiados ou prejudicados pela situação de fronteira. Inicialmente apresentamos os fatos históricos que marcaram o povoamento da região para, em seguida, discorrermos sobre as interações socioculturais e comerciais entre brasileiros e bolivianos. A pesquisa contou com trabalho de campo e entrevistas realizadas nas principais cidades-gêmeas da fronteira Brasil- Bolívia, propriamente em Corumbá-Ladário (Mato Grosso do Sul) / Puerto Quijarro-Puerto Suárez (Santa Cruz), Guajará-Mirim (Rondônia) / Guayaramerín (Beni) e Brasileia-Epitaciolândia (Acre) / Cobija (Pando). Concluiu-se que a dicotomia cooperação-conflito está intrinsecamente associada à relação entre custos e benefícios propiciados pelo limite fronteiriço a diferentes atores e grupos sociais. À parte de observações comuns às cidades-gêmeas, cada qual apresenta características sui generis, o que reforça a velha máxima “cada fronteira é uma fronteira”.\",\"PeriodicalId\":22334,\"journal\":{\"name\":\"Tempo da Ciência\",\"volume\":\"15 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-11-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Tempo da Ciência\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.48075/rtc.v25i50.21196\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tempo da Ciência","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/rtc.v25i50.21196","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A integração nas cidades-gêmeas da fronteira Brasil-Bolívia: elementos de cooperação e conflito
O processo de integração na fronteira Brasil-Bolívia é condicionado por diversas contradições entre elementos que reforçam tanto a cooperação quanto o conflito de interesses. Nesse sentido, o limite internacional é um mecanismo de controle que propicia benefícios e oportunidades a determinados atores, ao mesmo tempo em que eleva o potencial de riscos e custos para outros. O presente artigo almeja identificar os principais elementos de cooperação e conflito que condicionam a integração na região, bem como os atores locais beneficiados ou prejudicados pela situação de fronteira. Inicialmente apresentamos os fatos históricos que marcaram o povoamento da região para, em seguida, discorrermos sobre as interações socioculturais e comerciais entre brasileiros e bolivianos. A pesquisa contou com trabalho de campo e entrevistas realizadas nas principais cidades-gêmeas da fronteira Brasil- Bolívia, propriamente em Corumbá-Ladário (Mato Grosso do Sul) / Puerto Quijarro-Puerto Suárez (Santa Cruz), Guajará-Mirim (Rondônia) / Guayaramerín (Beni) e Brasileia-Epitaciolândia (Acre) / Cobija (Pando). Concluiu-se que a dicotomia cooperação-conflito está intrinsecamente associada à relação entre custos e benefícios propiciados pelo limite fronteiriço a diferentes atores e grupos sociais. À parte de observações comuns às cidades-gêmeas, cada qual apresenta características sui generis, o que reforça a velha máxima “cada fronteira é uma fronteira”.