Rayssa Duarte Marques Cabral, Lisiane Oliveira e Lima Luiz, Gisele Alves Xavier da Silva
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Nesta pesquisa, faremos uma análise de três cordéis do livro Heroínas Negras Brasileiras: em 15 Cordéis, da escritora Jarid Arraes, obra que apresenta abordagem na qual o protagonismo negro e feminino é posto em evidência. Este artigo tem como principal objetivo demonstrar, por meio dos cordéis de Jarid, a subversão na Literatura de Cordel, rompendo com tradições machistas e racistas, tanto no que se refere à autoria, já que se trata de uma cordelista mulher e negra, quanto em relação à temática que situa mulheres negras em posição de protagonismo. Nesse sentido, a cordelista anuncia uma produção literária que aponta para a necessidade de se estabelecer outra lógica, outro pensamento, para as relações de poder predominantes na sociedade brasileira. Sua obra foge das narrativas da tradição disseminadas sobre o africano/afro-brasileiro, pois subverte o estereótipo de cativo, subalternizado, invisibilizado e erotizado ao apresentar histórias múltiplas de mulheres negras que tiveram papéis relevantes em diversas áreas. Esta pesquisa é de cunho bibliográfico, tendo como fundamentação teórica os seguintes autores: Adichie (2009), Evaristo (2020), Maxado (2011), Ribeiro (2017; 2019), hooks (2019), entre outros. Pretendemos, com os resultados apresentados, colaborar com novas reflexões sobre o cordel produzido por mulheres negras na contemporaneidade e, assim, levá-las da margem para o centro das discussões, para que sejam lidas, ouvidas e estudadas em espaços que costumam criar resistência a esse direito.