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Migrante empreendedor, migrante influencer: cidadanias precárias em tempos neoliberais
Este artigo considera processos de midiatização e sua relação com a mobilidade humana em tempos de agudização do neoliberalismo no Brasil e na América Latina. O objetivo desta proposta é entender esses fenômenos como parte de um processo comunicacional e contextual em que o migrante passa a ser formatado discursiva e subjetivamente em uma pedagogia neoliberal que estimula a gestão de si como empresa, onde o indivíduo precisa trabalhar e aprimorar a si mesmo para negociar seu pertencimento no país. No estudo em tela, migrantes mobilizam seus costumes e experiências das trajetórias como uma das estratégias assumidas na busca por inserção e ascensão sociolaboral na sociedade receptora. O que observamos é que as soluções criadas para dar conta das dificuldades relacionadas à adaptação e inserção no país estão sendo individualizadas, vistas como dependentes da disposição para o trabalho, do esforço e mérito de cada um e, portanto, contribuindo para esvaziar o caráter intrinsecamente político do migrante e das migrações.