P. R. Anizelli, Victor Lorejan Pinto, Marcela Breves Abreu
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Uso do bagaço de cana-de-açúcar in natura para remoção do corante Remazol Vermelho
No presente artigo foi investigado a viabilidade do bagaço de cana-de açúcar para o tratamento de uma solução de Remazol Vermelho. Para isso, um panejamento fatorial 2² foi realizado variando o pH e massa do biossorvente tendo como resposta a eficiência de adsorção, onde foi verificado que as melhores condições de adsorção são em pH ácido e menores valores de massa de material. A caracterização do biossorvente foi realizado pelo pH do ponto de carga zero (PCZ), onde foi observado que o valor foi próximo a 6,00. Os dados de espectroscópia no infravermelho (FTIR), mostrou a presença de grupos caracterísiticos de matéria orgânica, e a microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostrou que a superfície do material é irregular e porosa. Foi realizado um estudo cinético para determinar o mecanismo de adsorção, onde os dados experimentais se ajustaram ao modelo de pseudo-segunda ordem, que indica que a adsorção ocorre por quimiossorção. O percentual de descontaminação atingiu o valor de 72,44% (9,08 ± 0,008 mg g-1) em 30 minutos. No estudo de isoterma os dados experimentais se ajustaram ao modelo de Freundlich, que indica uma superfície heterogênea. Os resultados de leito fixo apresentaram valores de 40,63% eficiência de remoção e 71,38% de saturação da coluna. Portanto, o bagaço de cana-de-açúcar apresentou boa capacidade para adsorção do corante Remazol Vermelho.