Mayara Fraeda Barbosa Teixeira, R. Dall’Agnol, Alice Cesário Da Silva, Patrick Araujo dos Santos
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Geologia, petrografia e geoquímica do Leucogranodiorito Pantanal e dos leucogranitos arqueanos da área a norte de Sapucaia, Província Carajás, Pará: implicações petrogenéticas
Na porção leste do Subdomínio de Transição, porção sul do Domínio Carajás, afloram leucogranodioritos (Leucogranodiorito Pantanal), aparentemente alojados em uma associação TTG (Trondhjemito Colorado, ~2,87 Ga) e seccionados em sua porção oeste por leucogranitos deformados. O Leucogranodiorito Pantanal tem afinidade cálcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padrões de ETR sem anomalias expressivas de Eu e acentuado fracionamento de ETRP. Suas altas razões La/Yb sugerem ter sido derivado de magmas gerados em condições equivalentes ao campo de estabilidade da granada (1,0 a 1,5 GPa), como também sugerido para a Suíte Guarantã (~2,87 Ga) do Domínio Rio Maria. Sua origem pode estar relacionada à fusão discreta de rochas TTG e/ou interação destas com fluidos enriquecidos em K, Sr e Ba, derivados do manto metassomatizado. Os leucogranitos revelam assinatura geoquímica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcio-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Além dessas unidades, foi descrito na porção leste do Leucogranodiorito um hornblenda-biotita-granito afim geoquimicamente aos granitos tipo-A oxidados, correlacionado à Suíte Vila Jussara, também neoarquena. Este trabalho sugere que a porção estudada pode apresentar ligação evolutiva com o Domínio Rio Maria, tendo sido afetada por eventos de retrabalhamento crustal durante o Neoarqueano.