生物修复:双氯芬酸降解的用途和应用

Jéssica Rocha, J. Santos, C. Demarco, Luisa Andina Bender, Simone Pieniz, Maurízio Silveira Quadro, Robson Andreazza
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Nossa pesquisa foi motivada pela carência de revisões voltadas para o conhecimento de técnicas recentes voltadas para a biorremediação do diclofenaco. A metodologia desenvolveu-se através da busca de artigos na plataforma “Science Direct” utilizando-se as palavras-chave “bioremediation of diclofenac” Foram discutidas pesquisas que utilizaram biorremediação através de microalgas, bactérias, enzimas, fungos e outras técnicas de biorremediação que não se enquadraram nas anteriores. As espécies de microalgas que se destacaram foram Scenedesmus obliqus e Picocystis sp., com remoções de 99% e 73% respectivamente. Em relação à biorremediação fúngica, as espécies Trametes versicolor, Ganoderma lucidum, Irpex lacteus e Penicilium oxalicum também removeram o composto de forma muito eficiente (acima de 96%). Em biorremediação bacteriana, os melhores percentuais de remoção foram alcançados quando ocorreu a combinação de espécies. 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摘要

双氯芬酸是一种引起全球关注的新兴污染物。这种药物在没有处方的情况下很容易获得,而且被错误地丢弃,再加上废水处理厂去除它的效率低下,这使得它的存在在浓度增加时被识别出来,特别是在水体中。这一事实对生物群和生态系统构成了风险,因为双氯芬酸已被证明对一些水生和陆地生物有毒。显然需要发展有效的技术来去除它们。从这个意义上说,生物修复技术以其效率、低成本和可持续性而突出。我们的研究是由于缺乏对双氯芬酸生物修复技术知识的综述。该方法是通过在“Science Direct”平台上搜索以“双氯芬酸生物修复”为关键词的文章而开发的,并讨论了利用微藻、细菌、酶、真菌等生物修复技术进行生物修复的研究。突出的微藻种类为斜藻和微藻,去除率分别为99%和73%。在真菌生物修复方面,花斑Trametes、灵芝、lacteus Irpex和青霉菌也能非常有效地去除化合物(超过96%)。在细菌生物修复中,物种组合的去除率最高。将漆酶应用于酶生物修复的研究取得了优异的去除率(从94到100%)。所有测试生物修复处理前后毒性的研究,无论采用何种技术,都表明废水在处理后的毒性降低。因此,生物修复技术的应用在降低原化合物的毒性方面具有广阔的前景和有效性。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Biorremediação: usos e aplicações para degradação de diclofenaco
O diclofenaco destaca-se por ser um poluente emergente de preocupação global. O fato de este fármaco ser facilmente adquirido sem receitas e descartado incorretamente somados à ineficiência das estações de tratamento de águas residuais para removê-lo colaboram para que sua presença seja identificada em concentrações crescentes, principalmente nos corpos hídricos. Este fato representa um risco para a biota e consequentemente para os ecossistemas, uma vez que o diclofenaco é comprovadamente tóxico para alguns organismos aquáticos e terrestres. É evidente a necessidade do desenvolvimento de técnicas eficientes para sua remoção. Nesse sentido, surgem as técnicas de biorremediação, que se destacam pela sua eficiência, baixo custo e sustentabilidade. Nossa pesquisa foi motivada pela carência de revisões voltadas para o conhecimento de técnicas recentes voltadas para a biorremediação do diclofenaco. A metodologia desenvolveu-se através da busca de artigos na plataforma “Science Direct” utilizando-se as palavras-chave “bioremediation of diclofenac” Foram discutidas pesquisas que utilizaram biorremediação através de microalgas, bactérias, enzimas, fungos e outras técnicas de biorremediação que não se enquadraram nas anteriores. As espécies de microalgas que se destacaram foram Scenedesmus obliqus e Picocystis sp., com remoções de 99% e 73% respectivamente. Em relação à biorremediação fúngica, as espécies Trametes versicolor, Ganoderma lucidum, Irpex lacteus e Penicilium oxalicum também removeram o composto de forma muito eficiente (acima de 96%). Em biorremediação bacteriana, os melhores percentuais de remoção foram alcançados quando ocorreu a combinação de espécies. Pesquisas que aplicaram a enzima lacase em iniciativas de biorremediação enzimática obtiveram excelentes percentuais de remoção (de 94 a 100%). Todas as pesquisas que testaram a toxicidade antes e após o tratamento com biorremediação, independente da técnica adotada, apresentaram redução da toxicidade do efluente no pós tratamento. Logo, a aplicação de técnicas de biorremediação mostra-se como promissoras e eficientes também para a redução da toxicidade em relação ao composto original.
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