Edivan Gonçalves da Silva Júnior, Luisa Fernanda González
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Resultados: Constata-se na literatura que o Brasil é uma das regiões endêmicas desta enfermidade, caracterizada pelo surgimento de lesões cutâneas, que geralmente evoluem para úlceras e placas, podendo deixar cicatrizes permanentes, com sérias repercussões na autoimagem dos pacientes. A Leishmaniose Tegumentar Americana apresenta um amplo espectro clínico que torna difícil seu diagnóstico, dado a que seu perfil sintomático se assemelha aos de outras patologias. No tocante aos tratamentos medicamentos, houve um aumento de relatos de fracasso terapêutico devido à resistência parasitária aos medicamentos, casos de imunossupressão, toxicidade e atendimento precário pelos serviços de saúde. O Glucantime, forma pentavalente do antimoniato de meglumina, é o fármaco de primeira escolha para o tratamento desta enfermidade. Entre seus efeitos colaterais se destacam: alterações hepáticas, cardiotoxicidade, pancreatite, mialgia e artralgia. Entre outras opções a serem consideradas está o reposicionamento de fármacos, como a Miltefosina, um antineoplásico, a Pentamidina, um antiparasitário, e a Anfotericina B, um antifúngico. Além dos efeitos adversos, o alto custo, as formas dolorosas de administração e a longa duração dos tratamentos, com possíveis recaídas, são fatores que prejudicam a terapêutica, a qualidade de vida e a recuperação dos pacientes. Conclusão: Para um melhor tratamento faz-se necessário avanços mais aprofundados do ponto de vista da Saúde Pública, como campanhas educativas e programais sociais justos e ecologicamente corretos, visando um melhor desenvolvimento social, econômico e sanitário das regiões afetadas. Investimentos em pesquisa também são primordiais para a descoberta de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais para esta enfermidade.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS PARA OS PORTADORES DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA\",\"authors\":\"Edivan Gonçalves da Silva Júnior, Luisa Fernanda González\",\"doi\":\"10.51161/conbracif/31\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma zoonose provocada por protozoários do gênero Leishmania. 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TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS PARA OS PORTADORES DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma zoonose provocada por protozoários do gênero Leishmania. É considerada uma das principais doenças tropicais negligenciadas, sendo fundamental o estudo de suas formas de tratamento a fim de minimizar suas consequências danosas à saúde física e mental. Objetivo: Analisar os tratamentos medicamentosos e suas consequências na terapêutica da Leishmaniose Tegumentar Americana. Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Scielo, PubMed, LILACS e Google Acadêmico, com os descritores "Leishmaniose tegumentar" e "tratamentos", considerando-se publicações de artigos científicos publicados entre os anos de 2016 a 2021, tendo sido selecionados e utilizados dez artigos. Resultados: Constata-se na literatura que o Brasil é uma das regiões endêmicas desta enfermidade, caracterizada pelo surgimento de lesões cutâneas, que geralmente evoluem para úlceras e placas, podendo deixar cicatrizes permanentes, com sérias repercussões na autoimagem dos pacientes. A Leishmaniose Tegumentar Americana apresenta um amplo espectro clínico que torna difícil seu diagnóstico, dado a que seu perfil sintomático se assemelha aos de outras patologias. No tocante aos tratamentos medicamentos, houve um aumento de relatos de fracasso terapêutico devido à resistência parasitária aos medicamentos, casos de imunossupressão, toxicidade e atendimento precário pelos serviços de saúde. O Glucantime, forma pentavalente do antimoniato de meglumina, é o fármaco de primeira escolha para o tratamento desta enfermidade. Entre seus efeitos colaterais se destacam: alterações hepáticas, cardiotoxicidade, pancreatite, mialgia e artralgia. Entre outras opções a serem consideradas está o reposicionamento de fármacos, como a Miltefosina, um antineoplásico, a Pentamidina, um antiparasitário, e a Anfotericina B, um antifúngico. Além dos efeitos adversos, o alto custo, as formas dolorosas de administração e a longa duração dos tratamentos, com possíveis recaídas, são fatores que prejudicam a terapêutica, a qualidade de vida e a recuperação dos pacientes. Conclusão: Para um melhor tratamento faz-se necessário avanços mais aprofundados do ponto de vista da Saúde Pública, como campanhas educativas e programais sociais justos e ecologicamente corretos, visando um melhor desenvolvimento social, econômico e sanitário das regiões afetadas. Investimentos em pesquisa também são primordiais para a descoberta de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais para esta enfermidade.