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A “máquina do mundo” e a filosofia do absurdo: Drummond, leitor de Albert Camus
O artigo tenta provar que o poema “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, foi parcialmente escrito a partir da reutilização de diversas metáforas, imagens e conceitos extraídos do livro O Mito de Sísifo, de Albert Camus. No intuito de demonstrar esta hipótese destacamos alguns excertos do livro de Camus e os cotejamos com metáforas e imagens análogas encontradas em “A Máquina do Mundo”. A conclusão a que chegamos é que Drummond reelaborou metaforicamente a filosofia do sentimento do absurdo em várias passagens do poema. Tal reelaboração intertextual, poética e metafórica se dera como uma resposta negativa e antitética à visão epifânica e cristã da criação universal descrita poeticamente por Jorge de Lima no Livro de Sonetos.