{"title":"Jamais Fomos Autônomos。mediatizapar<s:1> o Para al<s:1> Da purificapar<s:1> o Moderna //我们从未自治过。超越现代净化的媒介化","authors":"André Holanda","doi":"10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V12I3.12417","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Teoria da Midiatizacao proposta por Stig Hjarvard aborda as mudancas estruturais de longo prazo trazidas pela relativa autonomizacao da midia na modernidade tardia e sua influencia nas demais instituicoes sociais, que passam, de acordo com o autor, a operar segundo uma “logica midiatica” que lhes e externa. A proposta deste artigo e ponderar esta perspectiva teorica em contraste com a critica apresentada por Bruno Latour no livro “Jamais fomos modernos” ao programa de purificacao epistemologica tipico da Modernidade. O argumento e que os diagnosticos de autonomia e heteronomia feitos por perspectivas comprometidas com o pensamento moderno, como e o caso da Midiatizacao, sao resultado da contradicao inerente ao “contrato moderno” da purificacao. A discussao parte da Teoria proposta e dos fundamentos teoricos apresentados por Hjarvard para explorar certas contradicoes presentes no percurso. O proximo passo e discutir a inadequacao de uma perspectiva purificadora para lidar com uma realidade social marcada pelo entrelacamento de redes heterogeneas que seriam mais bem compreendidas (e o que se propoe aqui) atraves de uma abordagem como a Teoria Ator-rede, de modo a evitar que a expectativa purificadora desague fatalmente em um diagnostico de heteronomia que nao faz mais do que atestar a contradicao entre suas postulacoes e a realidade.","PeriodicalId":30190,"journal":{"name":"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura","volume":"12 1","pages":"478-495"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2015-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Jamais Fomos Autônomos. Midiatização Para Além Da Purificação Moderna // We Have Never Been Autonomous. Mediatization Beyond The Modern Purification\",\"authors\":\"André Holanda\",\"doi\":\"10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V12I3.12417\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A Teoria da Midiatizacao proposta por Stig Hjarvard aborda as mudancas estruturais de longo prazo trazidas pela relativa autonomizacao da midia na modernidade tardia e sua influencia nas demais instituicoes sociais, que passam, de acordo com o autor, a operar segundo uma “logica midiatica” que lhes e externa. A proposta deste artigo e ponderar esta perspectiva teorica em contraste com a critica apresentada por Bruno Latour no livro “Jamais fomos modernos” ao programa de purificacao epistemologica tipico da Modernidade. O argumento e que os diagnosticos de autonomia e heteronomia feitos por perspectivas comprometidas com o pensamento moderno, como e o caso da Midiatizacao, sao resultado da contradicao inerente ao “contrato moderno” da purificacao. A discussao parte da Teoria proposta e dos fundamentos teoricos apresentados por Hjarvard para explorar certas contradicoes presentes no percurso. O proximo passo e discutir a inadequacao de uma perspectiva purificadora para lidar com uma realidade social marcada pelo entrelacamento de redes heterogeneas que seriam mais bem compreendidas (e o que se propoe aqui) atraves de uma abordagem como a Teoria Ator-rede, de modo a evitar que a expectativa purificadora desague fatalmente em um diagnostico de heteronomia que nao faz mais do que atestar a contradicao entre suas postulacoes e a realidade.\",\"PeriodicalId\":30190,\"journal\":{\"name\":\"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura\",\"volume\":\"12 1\",\"pages\":\"478-495\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2015-03-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V12I3.12417\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V12I3.12417","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Jamais Fomos Autônomos. Midiatização Para Além Da Purificação Moderna // We Have Never Been Autonomous. Mediatization Beyond The Modern Purification
A Teoria da Midiatizacao proposta por Stig Hjarvard aborda as mudancas estruturais de longo prazo trazidas pela relativa autonomizacao da midia na modernidade tardia e sua influencia nas demais instituicoes sociais, que passam, de acordo com o autor, a operar segundo uma “logica midiatica” que lhes e externa. A proposta deste artigo e ponderar esta perspectiva teorica em contraste com a critica apresentada por Bruno Latour no livro “Jamais fomos modernos” ao programa de purificacao epistemologica tipico da Modernidade. O argumento e que os diagnosticos de autonomia e heteronomia feitos por perspectivas comprometidas com o pensamento moderno, como e o caso da Midiatizacao, sao resultado da contradicao inerente ao “contrato moderno” da purificacao. A discussao parte da Teoria proposta e dos fundamentos teoricos apresentados por Hjarvard para explorar certas contradicoes presentes no percurso. O proximo passo e discutir a inadequacao de uma perspectiva purificadora para lidar com uma realidade social marcada pelo entrelacamento de redes heterogeneas que seriam mais bem compreendidas (e o que se propoe aqui) atraves de uma abordagem como a Teoria Ator-rede, de modo a evitar que a expectativa purificadora desague fatalmente em um diagnostico de heteronomia que nao faz mais do que atestar a contradicao entre suas postulacoes e a realidade.