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Em 19 de outubro de 1822, um grupo de pessoas influentes da vila de Parnaíba, no Piauí, havia entendido que era chegada a hora de tomar partido pela independência. Em um ato carregado de simbolismo, decidiu-se pela adesão da província à causa. Em 24 de janeiro de 1823, em Oeiras, capital do Piauí, semelhante movimento ocorreu. A efetiva projeção política de ambas as adesões dependeria da expulsão dos portugueses da região, o que não seria voluntário; era necessária uma força militar numericamente superior. Com a campanha na Bahia se iniciando e o exército brasileiro ainda por ser formado, as lideranças no Piauí contariam com apoio local e da vizinha província do Ceará para a criação de um exército libertador. Foi com um corpo de combatentes aquém do exército português que na manhã do dia 13 de marco de 1823 piauienses e cearenses se defrontaram às margens do Riacho Jenipapo com as tropas do major João José da Cunha Fidié, autoridade máxima portuguesa na província, e assim selaram paradoxalmente o destino do projeto português no norte do seu império colonial no Brasil.