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Contra o determinismo tecnológico: um olhar anticapitalista e feminista à tecnologia
Este texto aborda os limites e os problemas na ideia da neutralidade da tecnociência e no “determinismo tecnológico” a partir da perspectiva de teorias críticas feministas. Essa corrente determinista de pensamento defende não só a tese de que a tecnociência é neutra, mas também a de que o desenvolvimento da tecnologia é determinado e, portanto, inevitável. Além de colocar alguns exemplos das impossibilidades históricas e lógicas contidas nessa perspectiva, este artigo apresentará os principais argumentos acerca da dimensão ideológica do determinismo tecnológico (Feenberg, 2002; Wajcman, 1991). No entanto, outros olhares para os fenômenos tecnológicos são possíveis para além das barreiras deterministas. Este artigo abordará algumas críticas de Adorno e Horkheimer à racionalidade, aqui interpretada como tecnocientífica (Dialética do Esclarecimento, 1985), a teoria crítica da tecnologia de Andrew Feenberg (Transforming Technology, 2002) e a proposta tecnofeminista de Judy Wajcman (Feminism confronts technology, 1991, e Technofeminism, 2004) na tentativa de elaborar uma interpretação anticapitalista e feminista das chamadas evoluções tecnológicas. Com esse movimento, o objetivo é fortalecer esforços sempre crescentes de politização da tecnociência e de desmitificação do progresso técnico. A partir desses esforços, pretende-se também que este artigo seja mais um estímulo para imaginar e reconhecer verdadeiras possibilidades de emancipação que objetos tecnológicos podem nos oferecer.