{"title":"慢速城市:文化遗产、发展与公共政策","authors":"C. Schneider","doi":"10.26767/COLOQUIO.V16I2.1216","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo aborda as políticas públicas de preservação do patrimônio cultural no âmbito das cidades pequenas, uma vez que, dos 5.570 municípios brasileiros, 68,67% possuem até 20 mil habitantes (IBGE, 2016). Nas cidades pequenas, existe uma intricada teia social denominada capital social formada por redes de comunicação informais, mais flexíveis e ágeis, desburocratizando os processos de decisão e os contatos entre os agentes culturais na formulação e implantação de políticas públicas (ABRAMOVAY, 1999). Assim, dos 44 conjuntos urbanos tombados pelo IPHAN depois da Constituição de 1988, apenas três cidades pequenas implantaram políticas municipais de preservação (IBGE, 2014): São Félix (BA), Corumbá de Goiás (GO) e Antônio Prado (RS). Como esses pequenos municípios têm se organizado legal e administrativamente para a implantação de políticas de desenvolvimento urbano, uma vez que suas cidades possuem bens tombados pelo IPHAN? Será que se pode afirmar que há um movimento empreendedor das municipalidades nas cidades pequenas quando se trata de preservação? Constatou-se que esses conjuntos urbanos são resultado de combinações únicas de aspectos políticos, geográficos, econômicos e culturais que moldaram historicamente cada uma dessas sociedades e refletem a complexidade da realidade das pequenas cidades com grande diversidade de dinâmicas urbanas, contradições e desigualdades produzidas pela sociedade capitalista. Concluise que as políticas públicas de cultura identificadas nos três estudos de caso realçam o caráter vertical dos programas e projetos implantados que, somados à falta de arranjos institucionais, acabaram por gerar poucos impactos positivos no desenvolvimento local na área de preservação do patrimônio cultural.","PeriodicalId":30850,"journal":{"name":"Coloquio","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"As cidades de tempos lentos: patrimônio cultural, desenvolvimento e políticas públicas\",\"authors\":\"C. Schneider\",\"doi\":\"10.26767/COLOQUIO.V16I2.1216\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo aborda as políticas públicas de preservação do patrimônio cultural no âmbito das cidades pequenas, uma vez que, dos 5.570 municípios brasileiros, 68,67% possuem até 20 mil habitantes (IBGE, 2016). Nas cidades pequenas, existe uma intricada teia social denominada capital social formada por redes de comunicação informais, mais flexíveis e ágeis, desburocratizando os processos de decisão e os contatos entre os agentes culturais na formulação e implantação de políticas públicas (ABRAMOVAY, 1999). Assim, dos 44 conjuntos urbanos tombados pelo IPHAN depois da Constituição de 1988, apenas três cidades pequenas implantaram políticas municipais de preservação (IBGE, 2014): São Félix (BA), Corumbá de Goiás (GO) e Antônio Prado (RS). Como esses pequenos municípios têm se organizado legal e administrativamente para a implantação de políticas de desenvolvimento urbano, uma vez que suas cidades possuem bens tombados pelo IPHAN? Será que se pode afirmar que há um movimento empreendedor das municipalidades nas cidades pequenas quando se trata de preservação? Constatou-se que esses conjuntos urbanos são resultado de combinações únicas de aspectos políticos, geográficos, econômicos e culturais que moldaram historicamente cada uma dessas sociedades e refletem a complexidade da realidade das pequenas cidades com grande diversidade de dinâmicas urbanas, contradições e desigualdades produzidas pela sociedade capitalista. Concluise que as políticas públicas de cultura identificadas nos três estudos de caso realçam o caráter vertical dos programas e projetos implantados que, somados à falta de arranjos institucionais, acabaram por gerar poucos impactos positivos no desenvolvimento local na área de preservação do patrimônio cultural.\",\"PeriodicalId\":30850,\"journal\":{\"name\":\"Coloquio\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Coloquio\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.26767/COLOQUIO.V16I2.1216\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Coloquio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26767/COLOQUIO.V16I2.1216","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
摘要
本文讨论了小城镇文化遗产保护的公共政策,因为在巴西5570个城市中,68.67%的城市人口多达2万(IBGE, 2016)。在小城镇中,有一个被称为社会资本的复杂的社会网络,由非正式的通信网络组成,更加灵活和敏捷,在公共政策的制定和实施中减少决策过程的官僚主义和文化代理人之间的联系(阿布拉莫瓦伊,1999)。因此,在1988年宪法后被伊潘保护的44个城市中,只有3个小城镇实施了市政保护政策(IBGE, 2014): sao felix (BA), corumba de goias (GO)和antonio Prado (RS)。这些小城市是如何在法律和行政上组织起来实施城市发展政策的,因为他们的城市拥有伊潘保护的资产?在保护方面,我们能说小城镇的市政当局有一场创业运动吗?研究发现,这些城市综合体是政治、地理、经济和文化方面独特组合的结果,这些历史上塑造了每一个社会,并反映了小城镇现实的复杂性,资本主义社会产生了巨大的城市动态、矛盾和不平等。结论是,在三个案例研究中确定的文化公共政策突出了项目和项目的垂直性质,加上缺乏制度安排,最终对文化遗产保护领域的地方发展产生了很少的积极影响。
As cidades de tempos lentos: patrimônio cultural, desenvolvimento e políticas públicas
Este artigo aborda as políticas públicas de preservação do patrimônio cultural no âmbito das cidades pequenas, uma vez que, dos 5.570 municípios brasileiros, 68,67% possuem até 20 mil habitantes (IBGE, 2016). Nas cidades pequenas, existe uma intricada teia social denominada capital social formada por redes de comunicação informais, mais flexíveis e ágeis, desburocratizando os processos de decisão e os contatos entre os agentes culturais na formulação e implantação de políticas públicas (ABRAMOVAY, 1999). Assim, dos 44 conjuntos urbanos tombados pelo IPHAN depois da Constituição de 1988, apenas três cidades pequenas implantaram políticas municipais de preservação (IBGE, 2014): São Félix (BA), Corumbá de Goiás (GO) e Antônio Prado (RS). Como esses pequenos municípios têm se organizado legal e administrativamente para a implantação de políticas de desenvolvimento urbano, uma vez que suas cidades possuem bens tombados pelo IPHAN? Será que se pode afirmar que há um movimento empreendedor das municipalidades nas cidades pequenas quando se trata de preservação? Constatou-se que esses conjuntos urbanos são resultado de combinações únicas de aspectos políticos, geográficos, econômicos e culturais que moldaram historicamente cada uma dessas sociedades e refletem a complexidade da realidade das pequenas cidades com grande diversidade de dinâmicas urbanas, contradições e desigualdades produzidas pela sociedade capitalista. Concluise que as políticas públicas de cultura identificadas nos três estudos de caso realçam o caráter vertical dos programas e projetos implantados que, somados à falta de arranjos institucionais, acabaram por gerar poucos impactos positivos no desenvolvimento local na área de preservação do patrimônio cultural.