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Restrições ao Crédito: Uma Análise Comparativa entre Empresas Brasileiras de Capital Aberto e Fechado
Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar as potenciais diferenças em relação à restrição ao crédito entre empresas de capital aberto e fechado e, para tanto, foram coletadas informações financeiras de 291 empresas brasileiras de capital aberto e 325 empresas de capital fechado, de 2012 a 2016.Fundamento: As teorias clássicas de finanças defendem que a assimetria de informações é uma das principais causas para fortalecer a barreira entre investidores e empresas. A partir disso, seria plausível presumir que empresas abertas tem menor dificuldade para conseguir capital, próprio ou de terceiros, dado seu maior nível de disclosure. Método: Regressão em painel, tendo caixa como a variável dependente e fluxo de caixa como a principal variável explicativa.Resultados: Os resultados apontam que empresas de capital aberto têm maior dependência do caixa e fluxo de caixa em relação às empresas de capital fechado. Uma sub amostra construída utilizando o propensity score matching corroborou os resultados do estudo. Isso implica na existência de maior restrição ao crédito para empresas de capital aberto do que para as empresas de capital fechado.Contribuições: As principais causas por trás dos resultados inesperados são as particularidades do mercado de crédito brasileiro (forte atuação do BNDES), associadas ao fato de que empresas de capital aberto foram, em média, mais afetadas pela recessão econômica de 2015-2016 do que as empresas as empresas de capital fechado.