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TERRITÓRIO, IDENTIDADE E RE-EXISTÊNCIAS NO QUILOMBO DE PITIMANDEUA-PARÁ / TERRITORY, IDENTITY AND RE-EXISTENCES IN THE QUILOMBO DE PITIMANDEUA-PARÁ
Este artigo tem como objetivo analisar os processos de territorialização quilombola em Pitimandeua (PA) a partir do uso da terra e das manifestações culturais de (re) existência na região. A Comunidade Menino Jesus de Pitimandeua, certificada como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares (FCP), localiza-se no município de Inhangapí, nordeste do Pará. Seu processo de formação remete ao final do século XIX, quando sete escravos se fixaram e receberam outros negros fugitivos ou libertos em terras da fazenda Menino Jesus que, posteriormente, foi doada pela proprietária portuguesa e colaborou para a efetivação do grupo sobre o local. A territorialização da comunidade negra na Amazônia representa a negação ao sistema escravista e, na atualidade, representa estratégias de lutas contra todo e qualquer tipo de violência cometida contra a população negra no Brasil. Portanto, discutem-se tais processos a partir dos conceitos de território e identidade e seus contextos dentro da história de autonomias territoriais na Amazônia resultantes de movimentos de resistência dos povos tradicionais frente aos projetos de modernização de perspectiva colonial. A metodologia desenvolvida durante a pesquisa utilizou pesquisa bibliográfica, análise de documentos, trabalhos de campo com entrevistas e observações sistemáticas.