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CONVERSAS ENTRE PESQUISA E ORIENTAÇÃO: CAMINHANDO DE PÉS DESCALÇOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA
RESUMO: Neste artigo propomos pensar a pesquisa em educação a partir das reflexões de uma doutoranda e sua orientadora acerca de dois processos singulares: a relação com a escola, que se vai produzindo no encontro com seus habitantes, e a relação de orientação que acompanha e sustenta tal caminhar investigativo. Conversando com esta experiência, pretendemos pensar as intersecções entre pesquisa e orientação a partir de um movimento de atenção, presença e liberdade. A pesquisa de observação participante, realizada por dezoito meses em uma escola municipal de Duque de Caxias, acompanhou o trabalho das professoras do ciclo de alfabetização a partir dos indícios oferecidos pelas crianças daquilo que as práticas produziam nelas. Entendemos que uma pesquisa construída a partir de uma abertura ao campo e às transformações que uma tal relação pode produzir nos coloca perante possibilidades outras de relação com o conhecimento, com a pesquisa e a orientação, que diferem do que vem sendo mais comum na universidade. A partir desta experiência, problematizamos os caminhos da pesquisa em educação e os modos como tem sido entendida a orientação no processo de formação de pesquisadoras(es) em educação, distanciando-nos de certos modos dominantes de relação com o conhecimento e reivindicando o compromisso ético com a transformação de si na relação com o mundo pela valorização de elementos que a ciência costuma menosprezar: a subjetividade, a incerteza, o corpo, a sensibilidade, a vida.