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Neste texto, a partir de uma breve discussão sobre a HF desenvolvida por Hans-Georg Gadamer, adentramos no estudo da obra de Martin Eger. Alguns dos conceitos propostos por Gadamer, como do círculo hermenêutico, e da ampliação e fusão de horizontes, assim como o da tripla hermenêutica, proposto por Eger, sustentam a compreensão da linguagem das Ciências Naturais desfazendo a separação entre sujeito e objeto, podendo estudantes, professores em formação, docentes e pesquisadores da Educação e da Educação em Ciências, bem como cientistas, podem ser encarados como intérpretes das Ciências Naturais. Ao aproximar o trabalho das Ciências Naturais e o trabalho da arte, em uma cascata de interpretações ao longo da produção do conhecimento científico e de sua aprendizagem pelos estudantes, a produção acadêmica de Eger traz argumentos para compreendermos a própria história do Ensino de Ciências, resgatando percursos e críticas. 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O PROGRAMA DE PESQUISA DE MARTIN EGER: PRINCÍPIOS DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
RESUMO: Este texto inicia por um programa de pesquisa teórica que busca mapear a tradição da Hermenêutica Filosófica (HF) na Educação em Ciências (EC) produzindo sínteses de obras de diferentes autores que assumiram a HF na EC. O objetivo é apresentar programas de pesquisa que articularam HF e EC à medida que costuramos nosso próprio programa de pesquisa neles fundamentados. Iniciamos com a pesquisa sobre a obra de Martin Eger, que propôs uma Filosofia da Educação em Ciências (FEC), sendo um dos pioneiros nesta discussão em língua inglesa. A justificativa para este programa é que a HF traz argumentos para a compreensão do papel da linguagem, o que contribui para o enfrentamento dos desafios cotidianos dos professores no ensino e na aprendizagem das Ciências Naturais. Neste texto, a partir de uma breve discussão sobre a HF desenvolvida por Hans-Georg Gadamer, adentramos no estudo da obra de Martin Eger. Alguns dos conceitos propostos por Gadamer, como do círculo hermenêutico, e da ampliação e fusão de horizontes, assim como o da tripla hermenêutica, proposto por Eger, sustentam a compreensão da linguagem das Ciências Naturais desfazendo a separação entre sujeito e objeto, podendo estudantes, professores em formação, docentes e pesquisadores da Educação e da Educação em Ciências, bem como cientistas, podem ser encarados como intérpretes das Ciências Naturais. Ao aproximar o trabalho das Ciências Naturais e o trabalho da arte, em uma cascata de interpretações ao longo da produção do conhecimento científico e de sua aprendizagem pelos estudantes, a produção acadêmica de Eger traz argumentos para compreendermos a própria história do Ensino de Ciências, resgatando percursos e críticas. Ao mesmo tempo traz inspirações para pensarmos o presente.