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Conflitos entre o campesinato e o agronegócio no Brasil: os planos-safra 2015-2016.
Como resultado do processo de colonizacao ao qual foi submetido e a permanencia de desigualdades estruturais, recentemente acentuadas pela expansao das relacoes de livre-mercado, o campo brasileiro tem se caracterizado por uma dualidade entre um setor altamente mecanizado que produz milhares de toneladas de commodities e uma grande quantidade de agricultores que se encontram em situacao de miseria. O presente trabalho discute a atualidade dos conflitos pelo modelo de desenvolvimento para o campo entre o campesinato e o agronegocio no Brasil. Inicialmente e feita uma leitura teorica sobre o campesinato e o agronegocio no modo capitalista de producao, ressaltando que ambos geram distintas relacoes sociais. Na sequencia, e feita uma analise da materialidade dessa disputa no âmbito do Governo Federal e dos seus ministerios. Sao analisados os planos-safra do bienio 2015-2016 para o campesinato e o agronegocio. Constata-se que o agronegocio tem recebido maiores investimentos do que o campesinato, porem, sua matriz de investimentos e focada, principalmente, na dimensao economica da producao agricola, em detrimento da social e da ambiental. Conclui-se que o Governo Federal brasileiro tem privilegiado a producao de alimentos para exportacao e nao para o abastecimento interno, o que coloca em risco a seguranca alimentar de sua populacao.