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Busca-se compreender se e como esse aplicativo constitui um novo território e se pode ser usado como ferramenta de intervenção em terapia ocupacional social. Para tanto, analisou-se uma amostra de conversas e fotos extraídas desse grupo. A análise mostra seis tipos de mensagens, com informações que sugerem que o grupo se tornou um território compartilhado por profissionais e usuários e que pode ser usado como ferramenta de intervenção para fortalecer o sentimento de pertencimento a um coletivo e favorecer a participação social, tanto no espaço virtual como no espaço real. Apontam-se alguns limites desse dispositivo e o interesse em uma reflexão constante a fim de garantir as necessárias adaptações práticas e éticas das profissionais às novas realidades e necessidades dos usuários.","PeriodicalId":43119,"journal":{"name":"Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional-Brazilian Journal of Occupational Therapy","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.7000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"WhatsApp como território e ferramenta de intervenção em terapia ocupacional social\",\"authors\":\"Laetitia Guigon, Ana Marques\",\"doi\":\"10.1590/2526-8910.ctoao270135241\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Resumo Com o recente aumento da migração na França, pessoas em situação de vulnerabilidade social encontram-se frequentemente isoladas e com uma frágil ou inexistente rede social de suporte, notadamente, por causa dos processos administrativos de pedido de refúgio, das condições de acolhimento e da falta de informação e oportunidade de frequentar lugares públicos. 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WhatsApp como território e ferramenta de intervenção em terapia ocupacional social
Resumo Com o recente aumento da migração na França, pessoas em situação de vulnerabilidade social encontram-se frequentemente isoladas e com uma frágil ou inexistente rede social de suporte, notadamente, por causa dos processos administrativos de pedido de refúgio, das condições de acolhimento e da falta de informação e oportunidade de frequentar lugares públicos. O programa PRACTS intervém junto a essa população a fim de construir redes sociais de suporte e buscar meios para sua participação social. Assim, para manter contato com as pessoas, bem como para informá-las sobre as atividades planejadas, criou-se um grupo no aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp. A partir dessa experiência, formulou-se a hipótese de que esse dispositivo favorece a emergência de uma dinâmica que vai além do simples compartilhamento de informação. Busca-se compreender se e como esse aplicativo constitui um novo território e se pode ser usado como ferramenta de intervenção em terapia ocupacional social. Para tanto, analisou-se uma amostra de conversas e fotos extraídas desse grupo. A análise mostra seis tipos de mensagens, com informações que sugerem que o grupo se tornou um território compartilhado por profissionais e usuários e que pode ser usado como ferramenta de intervenção para fortalecer o sentimento de pertencimento a um coletivo e favorecer a participação social, tanto no espaço virtual como no espaço real. Apontam-se alguns limites desse dispositivo e o interesse em uma reflexão constante a fim de garantir as necessárias adaptações práticas e éticas das profissionais às novas realidades e necessidades dos usuários.