Iasmim Teles Corrêa, Kátia Maki Omura, G. M. D. Paixão
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Resultados A maioria dos participantes não considerou as embarcações acessíveis e encontra dificuldades para acessá-las e permanecer nelas. A análise das embarcações mostrou que as médias de conformidade com as normas nos espaços avaliados foram inferiores a 50%. Conclusão Há concordância entre as dificuldades apontadas pelos participantes e a não aplicação da norma NBR 15450:2006, indicando que a ausência da acessibilidade limita o acesso e a mobilidade de indivíduos com deficiência que utilizam os transportes aquaviários na região da Ilha de Marajó. 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Análise da acessibilidade e a percepção de pessoas com deficiência em embarcações
Resumo Introdução A Ilha de Marajó, no Estado do Pará, é composta por 16 municípios. Cerca de 20,3% de sua população apresenta algum tipo de deficiência e o principal meio para a saída e chegada da ilha é o transporte aquaviário. Objetivo Analisar a acessibilidade em embarcações que transladam dos municípios da Ilha de Marajó para a capital do Estado. Método Pesquisa quantiqualitativa, descritiva e exploratória com a participação de 23 pessoas com deficiência física e/ou sensorial. Dez embarcações foram analisadas. O estudo está dividido em duas etapas: análise da percepção das pessoas com deficiência por meio de entrevista semiestruturada e análise da acessibilidade das embarcações com uso de checklist baseado na norma NBR 15450:2006. Resultados A maioria dos participantes não considerou as embarcações acessíveis e encontra dificuldades para acessá-las e permanecer nelas. A análise das embarcações mostrou que as médias de conformidade com as normas nos espaços avaliados foram inferiores a 50%. Conclusão Há concordância entre as dificuldades apontadas pelos participantes e a não aplicação da norma NBR 15450:2006, indicando que a ausência da acessibilidade limita o acesso e a mobilidade de indivíduos com deficiência que utilizam os transportes aquaviários na região da Ilha de Marajó. Habitantes da ilha de Marajó (marajoaras) que apresentam deficiência física e/ou sensorial podem ser privados do direito básico de ir e vir, enfrentando barreiras em sua autonomia e independência com relação à mobilidade e outras ocupações que dela dependem.