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Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de um estudo de caso, tomando como lócus de observação e de intervenção os atendimentos educacionais realizados pela pedagoga da instituição, em parceria com a pesquisadora participante. Para registro, optou-se por videogravação e diário de campo. Todo o material audiovisual foi transcrito para análise e os dados organizados em três eixos: 1- Corpos biológicos e corpos signos; 2- O jogo de significados e sentidos; 3- O domínio do espaço como fonte de mobilização de funções psíquicas superiores. Em consonância com a perspectiva histórico-cultural, decidiu-se pela análise microgenética dos dados. Os resultados indicam que, quando são consideradas as especificidades da comunicação, o aluno com surdocegueira congênita pode participar e atribuir sentidos ao contexto educacional. O uso de diferentes sistemas de comunicação, quando alicerçado na mediação social, amplia as possibilidades de interação social. Ademais, diante de condições de acesso ao entorno, a criança tem mais oportunidades de planejar ações e comunicar seus desejos e suas intenções.","PeriodicalId":40048,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Educacao Especial","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"(Im)Possibilidades Comunicativas de uma Criança com Surdocegueira Congênita no Contexto de uma Instituição Especializada\",\"authors\":\"Fabiana Maio, A. Freitas\",\"doi\":\"10.1590/1980-54702022v28e0010\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO: O presente artigo aborda a temática da comunicação em crianças com surdocegueira congênita. 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(Im)Possibilidades Comunicativas de uma Criança com Surdocegueira Congênita no Contexto de uma Instituição Especializada
RESUMO: O presente artigo aborda a temática da comunicação em crianças com surdocegueira congênita. Fundamentado nas proposições teórico-metodológicas da perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano, o estudo considera as dimensões sociais e semióticas como fundantes para o processo de desenvolvimento dos indivíduos. O estudo empírico foi realizado em uma instituição especializada no atendimento educacional de pessoas com surdocegueira e teve por objetivo compreender as (im) possibilidades de comunicação de uma criança com surdocegueira congênita a partir da dinâmica das relações sociais vivenciadas por ela no contexto das práticas educativas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de um estudo de caso, tomando como lócus de observação e de intervenção os atendimentos educacionais realizados pela pedagoga da instituição, em parceria com a pesquisadora participante. Para registro, optou-se por videogravação e diário de campo. Todo o material audiovisual foi transcrito para análise e os dados organizados em três eixos: 1- Corpos biológicos e corpos signos; 2- O jogo de significados e sentidos; 3- O domínio do espaço como fonte de mobilização de funções psíquicas superiores. Em consonância com a perspectiva histórico-cultural, decidiu-se pela análise microgenética dos dados. Os resultados indicam que, quando são consideradas as especificidades da comunicação, o aluno com surdocegueira congênita pode participar e atribuir sentidos ao contexto educacional. O uso de diferentes sistemas de comunicação, quando alicerçado na mediação social, amplia as possibilidades de interação social. Ademais, diante de condições de acesso ao entorno, a criança tem mais oportunidades de planejar ações e comunicar seus desejos e suas intenções.
期刊介绍:
A Revista Brasileira de Educação Especial é mantida pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial - ABPEE, que foi criada em 1993, na cidade do Rio de Janeiro, durante a realização do III Seminário de Educação. A Sede da ABPEE é móvel, acompanha a Diretoria eleita e terá como domicílio temporário o mesmo endereço profissional do Presidente, durante sua gestão. Atualmente, a sede da ABPEE está localizada na cidade de Marília, onde a Revista Brasileira de Educação Especial é impressa, em parceria com a Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp.