{"title":"科学心理学家:我们在巴西从事科学工作60年了吗","authors":"Rocelly Cunha, M. Dimenstein","doi":"10.1590/1982-3703003262958","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Analisou-se a participação da Psicologia no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), situando-a entre as Grandes áreas do conhecimento. Para tanto, tomou-se como referência o panorama atual de distribuição das bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ademais, apresentou-se a distribuição das bolsas PQ por modalidade e sexo a fim de discutir as desigualdades de gênero, seja no âmbito geral da Ciência, seja internamente à Psicologia. Metodologicamente, trabalhou-se a partir do banco de pesquisadoras(es) ativas(os) disponibilizado pelo CNPq em 2019, constituído por 12.917 bolsistas PQ, incluindo todas as áreas. Observou-se a existência de desigualdades entre as grandes áreas do conhecimento no acesso aos recursos de fomento à pesquisa, particularmente no que tange à distribuição de cotas PQ. Há também desigualdades regionais e assimetrias de gênero na carreira acadêmica e de pesquisa entre homens e mulheres refletidas no quantitativo e na modalidade de bolsa PQ em todas as áreas do conhecimento e na Psicologia, em particular. A Psicologia, no conjunto de cotas disponibilizadas pelo CNPq, ao longo dos seus 60 anos de existência, detém ainda percentual pouco expressivo. Considera-se que, em alguma medida, esse cenário tem relação com o fato de a área ser historicamente marcada como profissão predominantemente feminina, como disciplina aplicada e com pouca tradição no campo científico e de produção de conhecimento.","PeriodicalId":30355,"journal":{"name":"Psicologia Ciencia e Profissao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Psicólogas(os) na Ciência: Como Estamos em 60 Anos de Profissão no Brasil\",\"authors\":\"Rocelly Cunha, M. Dimenstein\",\"doi\":\"10.1590/1982-3703003262958\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Resumo Analisou-se a participação da Psicologia no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), situando-a entre as Grandes áreas do conhecimento. Para tanto, tomou-se como referência o panorama atual de distribuição das bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ademais, apresentou-se a distribuição das bolsas PQ por modalidade e sexo a fim de discutir as desigualdades de gênero, seja no âmbito geral da Ciência, seja internamente à Psicologia. Metodologicamente, trabalhou-se a partir do banco de pesquisadoras(es) ativas(os) disponibilizado pelo CNPq em 2019, constituído por 12.917 bolsistas PQ, incluindo todas as áreas. Observou-se a existência de desigualdades entre as grandes áreas do conhecimento no acesso aos recursos de fomento à pesquisa, particularmente no que tange à distribuição de cotas PQ. Há também desigualdades regionais e assimetrias de gênero na carreira acadêmica e de pesquisa entre homens e mulheres refletidas no quantitativo e na modalidade de bolsa PQ em todas as áreas do conhecimento e na Psicologia, em particular. A Psicologia, no conjunto de cotas disponibilizadas pelo CNPq, ao longo dos seus 60 anos de existência, detém ainda percentual pouco expressivo. Considera-se que, em alguma medida, esse cenário tem relação com o fato de a área ser historicamente marcada como profissão predominantemente feminina, como disciplina aplicada e com pouca tradição no campo científico e de produção de conhecimento.\",\"PeriodicalId\":30355,\"journal\":{\"name\":\"Psicologia Ciencia e Profissao\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-01-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Psicologia Ciencia e Profissao\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.1590/1982-3703003262958\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Psicologia Ciencia e Profissao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-3703003262958","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Psicólogas(os) na Ciência: Como Estamos em 60 Anos de Profissão no Brasil
Resumo Analisou-se a participação da Psicologia no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), situando-a entre as Grandes áreas do conhecimento. Para tanto, tomou-se como referência o panorama atual de distribuição das bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ademais, apresentou-se a distribuição das bolsas PQ por modalidade e sexo a fim de discutir as desigualdades de gênero, seja no âmbito geral da Ciência, seja internamente à Psicologia. Metodologicamente, trabalhou-se a partir do banco de pesquisadoras(es) ativas(os) disponibilizado pelo CNPq em 2019, constituído por 12.917 bolsistas PQ, incluindo todas as áreas. Observou-se a existência de desigualdades entre as grandes áreas do conhecimento no acesso aos recursos de fomento à pesquisa, particularmente no que tange à distribuição de cotas PQ. Há também desigualdades regionais e assimetrias de gênero na carreira acadêmica e de pesquisa entre homens e mulheres refletidas no quantitativo e na modalidade de bolsa PQ em todas as áreas do conhecimento e na Psicologia, em particular. A Psicologia, no conjunto de cotas disponibilizadas pelo CNPq, ao longo dos seus 60 anos de existência, detém ainda percentual pouco expressivo. Considera-se que, em alguma medida, esse cenário tem relação com o fato de a área ser historicamente marcada como profissão predominantemente feminina, como disciplina aplicada e com pouca tradição no campo científico e de produção de conhecimento.