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A prevalência de uso não prescrito do metilfenidato foi de 2,9%, enquanto 17,3% dos pesquisados afirmaram já ter utilizado o medicamento alguma vez na vida. As motivações para consumo mais citadas foram melhorar o desempenho cognitivo (10%) e ficar acordado por mais tempo (4,1%), e a forma de obtenção mais comum foi por meio de amigos (56,5%). O psicoestimulante não apresentou efeitos de aprimoramento cognitivo, uma vez que participantes que nunca utilizaram o fármaco apresentaram um desempenho acadêmico superior (8,80) se comparados àqueles que usam (7,92) ou já usaram (8,01). Os resultados corroboram a hipótese de efeito relacionado a sensações de bem-estar em pessoas saudáveis, o que torna preocupante a injustificada exposição aos efeitos adversos da droga. 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Uso Não Prescrito de Metilfenidato e Desempenho Acadêmico de Estudantes de Medicina
Resumo O metilfenidato é um fármaco indicado no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. Atua no sistema nervoso central inibindo a recaptação de dopamina e noradrenalina, o que provoca um efeito psicoestimulante. Estudos anteriores demonstraram um aumento no consumo da droga por indivíduos saudáveis que buscam aprimoramento cognitivo. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre o uso não prescrito de metilfenidato e o desempenho acadêmico de estudantes de medicina de uma universidade do sul de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo. Participaram da pesquisa 243 acadêmicos do segundo ao oitavo semestre do curso de medicina; os dados foram coletados por meio de um questionário e analisados com ajuda do software SPSS versão 21.0. A prevalência de uso não prescrito do metilfenidato foi de 2,9%, enquanto 17,3% dos pesquisados afirmaram já ter utilizado o medicamento alguma vez na vida. As motivações para consumo mais citadas foram melhorar o desempenho cognitivo (10%) e ficar acordado por mais tempo (4,1%), e a forma de obtenção mais comum foi por meio de amigos (56,5%). O psicoestimulante não apresentou efeitos de aprimoramento cognitivo, uma vez que participantes que nunca utilizaram o fármaco apresentaram um desempenho acadêmico superior (8,80) se comparados àqueles que usam (7,92) ou já usaram (8,01). Os resultados corroboram a hipótese de efeito relacionado a sensações de bem-estar em pessoas saudáveis, o que torna preocupante a injustificada exposição aos efeitos adversos da droga. Ressalta-se a necessidade de ações que visem à promoção de saúde mental aos universitários.