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Seus aportes teóricos fundamentais foram os estudos de pesquisadores que: explicitam e diferenciam os conceitos de criança, infância e bebês, notadamente, oriundos da Sociologia da Infância e da Psicologia do desenvolvimento; consideram o currículo como instrumento que contempla a integralidade da criança; que a respeita e a enfatiza; e inclui as práticas sociais cotidianas (BARBOSA, 2010; GOBBATO; BARBOSA, 2017; BARBOSA; RICHTER, 2009). Seus resultados evidenciaram práticas docentes marcadas por concepções bastante sedimentadas, originadas, provavelmente, de vivências pessoais e do senso comum. Assim, tratam-se de fazeres pedagógicos assentados na compreensão de bebês como pouco competentes e sem agência; de creche como lugar exclusivo de “guarda”; de currículo como instrumento desnecessário às turmas de berçário; e de professora que atua nesses agrupamentos como alguém que precisa gostar de crianças e possuir saberes “naturais” da maternidade. 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CONCEPÇÕES DOCENTES NORTEADORAS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM BEBÊS EM CRECHE
Este artigo tem como mote central o currículo para bebês no espaço coletivo da creche, tomando como foco as concepções docentes acerca de bebês, creche, currículo e professora de bebês. Resulta de uma pesquisa qualitativa mais ampla com características de um estudo de caso, que analisou o currículo em desenvolvimento em turmas de berçário sob a responsabilidade de duas docentes em uma instituição pública municipal. Os principais instrumentos de geração de dados foram observações e entrevistas. Seus aportes teóricos fundamentais foram os estudos de pesquisadores que: explicitam e diferenciam os conceitos de criança, infância e bebês, notadamente, oriundos da Sociologia da Infância e da Psicologia do desenvolvimento; consideram o currículo como instrumento que contempla a integralidade da criança; que a respeita e a enfatiza; e inclui as práticas sociais cotidianas (BARBOSA, 2010; GOBBATO; BARBOSA, 2017; BARBOSA; RICHTER, 2009). Seus resultados evidenciaram práticas docentes marcadas por concepções bastante sedimentadas, originadas, provavelmente, de vivências pessoais e do senso comum. Assim, tratam-se de fazeres pedagógicos assentados na compreensão de bebês como pouco competentes e sem agência; de creche como lugar exclusivo de “guarda”; de currículo como instrumento desnecessário às turmas de berçário; e de professora que atua nesses agrupamentos como alguém que precisa gostar de crianças e possuir saberes “naturais” da maternidade. Considerando a relação entre formação docente e qualidade das oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento criadas para e com as crianças nas creches, constata-se a necessidade de formação inicial e continuada específica para pedagogos que pretendem exercer a docência com bebês.