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O objetivo deste estudo é observar, na personagem de Diogo Santiago, – o autor intraficcional de O Mapeador de Ausências: o último romance da autoria de Mia Couto. – o modo como, na sua experiência de regresso aos lugares da sua infância – à cidade da Beira – luto e melancolia se jogam. A análise será aqui seguida pelos olhares de Freud, Judith Butler, Maria Torok, Nicolas Abraham, Marie Claude Lambotte e Jacques Derrida. Esta leitura extrai a sua justificação do facto de que, no romance: a) o escritor Diogo Santiago nos anuncia que lhe falta ainda fazer o luto de seus pais; e b) certos dos seus sintomas nele nos indiciam uma profunda melancolia. Beneficiando do facto de todo o arquivo policial de sua família, conservado pelo inspector da PIDE Óscar Campos – desde antes da prisão de seu pai, o poeta Adriano Santiago, em 1973 – lhe ter sido oferecido pela neta, Liana Campos, Diogo Santiago teria, finalmente, oportunidade de fazer o luto de seus pais através da sua escrita de um romance com o mesmo título do romance de Mia Couto: O Mapeador de Ausências.